João Sousa Pinto foi o primeiro português, em seis anos, a entrar na Coreia do Norte, vencendo uma maratona.
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João Sousa Pinto estava de férias na China quando se inscreveu para ir à Coreia do Norte correr uma maratona, na capital Pyongyang. Acabou por vencê-la, cumprindo os 10 quilómetros em 41,18 minutos e explica que a ideia sobre o país mudou.
"Foi ótimo. Eu sempre quis ir à Coreia do Norte, tive sempre interesse no país e quando abriram as vagas fui um dos primeiros a inscrever-me. E correu tudo bem, não posso dizer mal de nada", disse, à TSF.
Confessa que havia algum medo antes de se deslocar ao país. "Estava sempre com aquele receio, porque nós ouvimos histórias de pessoas que fugiram e que contam os seus exemplos. Que lá aquilo é uma prisão, que aquilo é tudo mau, que as pessoas não podem estar na rua descansadas, que há coisas que são feitas para os turistas: hotéis fantasma, casas fantasma".
João Sousa Pinto relata que ficou com uma ideia diferente da Coreia do Norte. "Eu fui ao supermercado, normalmente, estava na rua a correr sozinho, normalmente, fui a lojas. Não vi nada do que se diz, mas também estive só em Pyongyang. Em outras cidades poderá ser diferente, não sei. Não posso falar do que não vi. Eu posso falar do que eu vi e do que eu vi foi tudo uma normalidade como se estivesse, por exemplo, na China. Foi muito parecido, a mesma cultura e tudo. E acho que aquela ideia que nós temos, no fundo que as pessoas não têm liberdade para sair de casa, acho que é um bocado um exagero", conta.