O português António Silva assumiu, esta sexta-feira, a sua satisfação com as ondas gigantes surfadas na quinta-feira, na Praia do Norte, na Nazaré, apesar de uma delas lhe ter provocado uma lesão no joelho.
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"Vale sempre a pena quando se chega inteiro a casa. Ontem [na quinta-feira] o mar estava grande, estava bem grande, e acho que acabou por correr tudo bem, todos nos divertimos, todos surfámos ondas gigantes e ninguém se magoou. Quer dizer, só eu é que fiquei com este problema", referiu o surfista da Praia Grande, de 29 anos, em declarações à agência Lusa.
Além de António Silva, cuja onda gigante de quinta-feira na Praia do Norte já foi candidatada aos prémios Billabong XXL, estiveram também na água, pelo menos, os "residentes" Garrett McNamara, Andrew Cotton, Hugo Vau, Ross Clarke-Jones, Sebastian Steudtner, Benjamin Sanchis e Tom Butler.
Após a sua onda gigante, António Silva acabou por sofrer uma distensão nos ligamentos do joelho, no "turbilhão muito violento" das ondas seguintes.
"Eu estou contente, mas foi pena ter-me acontecido isto, porque não vou poder surfar, nem trabalhar. Vai demorar tempo para recuperar, talvez quatro ou cinco meses, apesar de eu ir fazer tudo para regressar em menos tempo", afirmou.
Em 28 de janeiro de 2010, António Silva já tinha repartido o protagonismo com McNamara, quando ambos surfaram ondas que se estimam ter superado os 30 metros, mas que nunca foram homologadas, ao contrário do registo vigente, que remonta a 01 de novembro de 2011, com os 23,77 metros surfados pelo havaiano e certificados pelo livro dos recordes do Guiness.
Depois disso, a 28 de outubro de 2013, foi a vez do brasileiro Carlos Burle e de Cotton terem aproveitado o pico de maior atividade do Canhão da Nazaré, em ondas cuja dimensão compete com as aspirantes a recorde.