Javier Tebas, presidente da LaLiga, não ficou convencido com a Kings League e não a vê como uma real competidora com o futebol. "Daqui a seis meses veremos o que temos a dizer sobre a Kings League", disse.
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Nas últimas semanas, a Kings League, competição de futebol de 7 criada pelo "streamer" Ibai Llanos e o ex-jogador Gerard Piqué, saltou para a ribalta pelas suas regras inovadoras e pela audiência alcançada nas redes sociais, que chegou a atingir os 800 mil espetadores nos períodos de maior afluência.
Apesar do sucesso alcançado num curto espaço de tempo, Javier Tebas, presidente de LaLiga, pediu tempo para se avaliar o real impacto que a Kings League pode vir a ter no universo desportivo espanhol.
"É como encarar o Pasalabra (programa televisivo) como um concorrente de LaLiga. A única coisa em que a Kings League é parecida com o futebol é que se joga com uma bola e tem de se marcar golos para ganhar. O Twitch (plataforma de streaming) é uma rede social aberta e gratuita, mas no futebol temos despesas a pagar todos os meses e isso o torna tudo muito diferente. Daqui a seis meses veremos o que temos a dizer sobre a Kings League", referiu o dirigente, à margem da participação no programa "Global Players", que pretende ajudar na formação de futebolistas dos dois principais campeonatos espanhóis, com o objetivo de ajudá-los no seu futuro.
Tebas mostrou-se ainda crédulo quanto à aceitação de uma competição com regras, no mínimo, criativas, como a possibilidade de os treinadores ativarem cartas que lhes permitam, entre outros, dobrar os golos marcados (durante os 2 minutos após jogarem essa carta) ou até roubar cartas ao adversário.
Outras das inovações prende-se com a utilização de um jogador "enigma", que joga mascarado, desconhecendo-se a sua identidade.
"O enigma e todas essas coisas? Eu gosto disso como um circo, mas não é comparável à indústria do futebol. Não consigo imaginar fazer algo do género na LaLiga", admitiu Javier Tebas.
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Sobre o tema Superliga Europeia, recuperado recentemente pelo presidente do Barcelona, Joan Laporta, que apontou a 2025 como o ano em que a prova poderá ver a luz do dia, o líder da Liga espanhola considera a possibilidade "irreal".
"Em 2025, não haverá Superliga. A União Europeia já afirmou que quer manter o atual modelo desportivo que existe na Europa. É preciso melhorar algumas questões, mas o futuro não passa pela criação de competições que ficam nas mãos dos clubes mais ricos", defendeu.