Presidente do Leixões Sport Club diagnosticado com linfoma de Hodgkin. Começou sessões de quimioterapia e mostra resiliência. "O barco não vai ficar à deriva", garante.
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De um momento para o outro, abateu-se uma tempestade na vida de Jorge Moreira, presidente do Leixões Sport Club, carismático adepto e até antigo líder da extinta claque "Máfia Vermelha", mas como homem do Mar o dirigente, de 45 anos, mostra-se determinado a lutar contra o cancro que lhe bateu à porta. Linfoma de Hodgkin é o adversário que surge na ficha de jogo, conforme revelou o próprio nas redes sociais.
"Primeira de oito batalhas! Há três semanas, acordei com um papo no pescoço e a existência de vários gânglios. Após uma série de análises e de uma ecografia foi-me diagnosticado um cancro, um tal de Linfoma de Hodgkin", explicou Jorge Moreira, no Facebook.
Segue-se um tratamento de oito sessões, que será cumprido de 15 em 15 dias. "Os médicos já me explicaram a situação e estou preparado para a luta. Sinto-me determinado, resiliente, e conto com o apoio da família e amigos. Tenho de me proteger mais, mas vou continuar a ir ao estádio e resolver os problemas do Leixões. O barco não vai ficar à deriva", garante, ao JN, o dirigente, que confia na equipa de trabalho: "Tenho pessoas em que posso delegar algumas situações e estamos em permanente contacto com a Câmara de Matosinhos face à requalificação do Estádio do Mar".
No fim de semana, disputa-se a final four feminina da Taça (Porto Vólei-Leixões e F. C. Porto-Sporting), na Nave de Matosinhos, e Jorge Moreira espera estar presente. "Vou fazer um esforço para aplaudir as nossas sereias. Se tiver boleia, vou", diz, entre sorrisos.
Capitão do Coimbrões venceu a doença
O linfoma de Hodgkin é um cancro do sistema linfático que afeta o sistema imunitário. A doença que atinge o presidente do Leixões já visou o avançado Pedro Tavares, capitão do Coimbrões.
O jogador, de 35 anos, superou a doença há dez anos e continua a ser uma referência no Campeonato de Portugal, servindo de modelo e inspiração. "Nunca baixei os braços. O Coimbrões foi fantástico comigo e decidi não voltar a sair do clube", explicou, na altura, ao JN. Jorge Moreira partilhou o caso através das redes sociais e em menos de oito horas recebeu mais de mil comentários e inúmeras palavras de apoio.