O presidente do Paços de Ferreira, Carlos Barbosa, anunciou esta terça-feira que vai apresentar a demissão do cargo, em resposta à contestação crescente dos adeptos do clube da I Liga de futebol.
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"Decidi hoje e é irreversível, não há condições neste momento para ser presidente", disse à agência Lusa Carlos Barbosa, que foi o clima de crispação envolvendo os adeptos que justificou a decisão de deixar liderança no clube e da respetiva Sociedade Desportiva Unipessoal por Quotas.
Para o dirigente, "toda a gente sabe as razões e viu o que aconteceu", referindo-se ao que se passou no final do jogo que o Vitória de Guimarães venceu por 3-1, na segunda-feira, ditando a rescisão de contrato com o técnico Costinha.
Vários adeptos aproximaram-se do camarote presidencial e, entre insultos, conseguiram partir o vidro separador daquela zona reservada do estádio, repetindo a tentativa de agressão ocorria na quinta-feira anterior, em Guimarães, no final do jogo que o Dnipro, da Ucrânia, venceu por 2-0, para a Liga Europa.
"Não estou agarrado a nada e, por isso, vamos reunir hoje a direção para fazer o ponto da situação e seguir os trâmites legais", sublinhou.
Segundo adiantou à Lusa o presidente demissionário do Paços de Ferreira, a direção irá solicitar a marcação de uma Assembleia-geral para apresentação de contas e do pedido oficial de demissão a Fernando Sequeira.
Carlos Barbosa nada adiantou em relação ao sucessor de Costinha, que apresentou a demissão no final do encontro com o Vitória, embora Henrique Calisto se assuma como a escolha provável.