Presidente do Vitória de Guimarães sobre o mercado: "Estou aqui para ser realista"

António Miguel Cardoso, presidente do Vitória de Guimarães
Foto: Miguel Pereira
António Miguel Cardoso, presidente do Vitória de Guimarães, abordou, num fórum online promovido pela Associação Vitória Sempre, a recente saída de Ricardo Mangas para o Spartak de Moscovo a venda de mais 10% do passe de Vasco Sousa ao F. C. Porto por 100 mil euros.
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O presidente do Vitória de Guimarães explicou que, em maio, na sequência de uma dívida antiga dos minhotos ao F. C. Porto, os dragões “propuseram ficar com (os restantes) 50% do passe do Vasco Sousa”. “Negociámos e fechámos em 10%, o que nos permitiu resolver a dívida. Na altura, o jogador estava na equipa B. Se fosse hoje, a valorização seria maior. Foi uma decisão necessária para resolver um problema financeiro”, contextualizou.
A insistência no tema, que tem gerado críticas por parte de adeptos vimaranenses, levou António Miguel Cardoso a acrescentar: “O que preferia, que não tivéssemos pago? Teve de ser feito. Não sei qual será o futuro do jogador. No dia a dia temos de tomar muitas decisões, muitas delas no futuro não fazem sentido. No fim, ter 50% ou 40% vai dar quase à mesma coisa. Se o F. C. Porto quiser mais percentagem do passe, a conversa é diferente”.
Sobre a recente saída de Ricardo Mangas para os russos do Spartak de Moscovo, por 2 milhões de euros mais 500 mil euros em objetivos, o dirigente lembrou que “se queremos proteger alguns jogadores, outros têm de sair”. “O Mangas foi um desses casos. É um jogador excelente, mas não havia um clube disposto a pagar três ou quatro milhões de euros por ele. Estou aqui para ser realista, não para agradar a todos”.

