O Instituto de Desporto de Portugal e a Autoridade Antidopagem de Portugal rejeitaram hoje, segunda-feira, categoricamente "quaisquer insinuações ou alegações de Carlos Queiroz", considerando que este "reincide em comportamento ofensivo para com as autoridades públicas".
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Num comunicado público conjunto, aqueles organismos reafirmam que "todo o processo de averiguações decorreu no estrito cumprimento da lei".
Por outro lado, alegam que a "apresentação de queixas com fundamentos que se sabe não serem verdadeiros é legalmente sancionada com as penas aplicáveis ao crime de denúncia caluniosa", o que, prometem, "não deixarão de requerer, sem prejuízo da apresentação das competentes queixas por difamação".
O IDP e a ADoP dizem não ter conhecimento, a não ser pelo que vem relatado na comunicação social, dos termos e fundamentos da eventual queixa-crime que terá agora sido apresentada pelo ex-seleccionador, mas esclarecem que, "a julgar pelas referências" que têm vindo a público, essa queixa "respeita ao inicial e simples processo de averiguações, instruído pela Administração Pública Desportiva".
Mais, avançam que esse processo de averiguações, "que tem por natureza e objecto o simples apuramento de indícios de violações de normas legais, deu origem a um processo disciplinar promovido pela FPF e a um processo de contra-ordenação, nos termos da lei".
Lembra, ainda, o teor do comunicado que, tal como consta do despacho do secretário de Estado da Juventude e do Desporto, "também foi participada criminalmente, em 20 de Julho de 2010, a conduta do ex-seleccionador, tendo sido remetida ao Ministério Público cópia integral do processo de averiguações agora questionado por Carlos Queiroz".
A concluir, o IDP e o ADoP asseguram que "não deixarão nunca, sejam quais forem as pressões ou acusações de que sejam alvo, de assumir as suas responsabilidades e actuar com firmeza no respeito pela verdade desportiva, pela ética e pela dignidade do desporto nacional".
Esta reacção pública dos dois organismos surge na sequência da queixa-crime que deu hoje entrada no Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) remetida por Carlos Queiroz, alegando existirem indícios de fraude processual cometida pelos intervenientes no processo de inquérito de que foi alvo, na sequência dos factos ocorridos a 16 de maio, quando uma brigada da ADoP se deslocou ao estágio da selecção nacional, na Covilhã, para proceder ao controlo antidoping.