Proença deixa elogios às vice-campeãs mundiais: "2025 fica marcado como um ano muito forte"

Chegada das vice-campeãs mundiais
Foto: FPF
Pedro Proença, presidente da FPF, elogiou o feito da seleção que ficou no segundo lugar no primeiro Mundial da história do futsal feminino. "Daqui a quatro anos, vamos trazer a Taça. Elas já fizeram história e só por isso já merecem o nosso aplauso", atirou.
A seleção portuguesa de futsal feminino chegou esta segunda-feira ao aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, num ambiente de festa após o segundo lugar conquistado no inédito Mundial.
Pedro Proença, presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), integrou a comitiva e deixou algumas palavras de esperança para o futuro.
"É absolutamente extraordinário. Somos vice-campeões do Mundo e é preciso ter bem a noção do que é que isso significa. O que esta direção técnica e estas meninas fizeram, é excecional. O ano de 2025 fica marcado como um ano muito forte para o futebol e para o futsal português. Estivemos em seis finais internacionais, dessas seis, ganhámos cinco, e somos vice-campeões do Mundo de futsal feminino", considerou, citado pela FPF.
"Fica um sentimento de grande satisfação e um agradecimento imenso pelo sacrifício que elas fizeram e por todo o trabalho desta direção técnica. Tenho repetido isto, um bocadinho como uma frase que serve de assinatura desta nova direção: habituem-se porque vamos continuar a ganhar. Isto vai tornar-se uma normalidade. Terminamos o ano de 2025 muito bem e convidamos todos os portugueses a irem receber estas nossas pioneiras, as nossas heroínas, porque elas merecem", acrescentou.
Pedro Proença frisou a importância do feito para o crescimento da modalidade e destacou o que viu no seio do grupo após a final perdida para o Brasil. "vi muitas lágrimas e senti muita frustração. Disse-lhes que elas já tinham ganho, por tudo o que tinham feito em prol do futsal feminino. Elas prometeram que iriam fazer tudo para sermos campeões do Mundo, dentro de quatro anos".
"Fica um sentimento de orgulho. Não nos podemos esquecer que somos vice-campeões do Mundo. Os portugueses foram fantásticos, apoiaram-nos sempre. Virem aqui receber-nos desta forma, é sinal que fizemos bem o nosso trabalho e merecemos o respeito de toda a gente. Somos pioneiras e também privilegiadas porque pudemos estar no primeiro Mundial da história. Fomos desfrutando ao máximo do que estávamos a viver. Foram muitos dias fora de casa, com o sacrifício de estarmos longe das nossas famílias. Mas uma ao lado das outras, conseguimos fazer com que tudo fosse ainda melhor", afirmou Ana Azevedo.
Já Ana Catarina foi considerada a melhor guarda-redes do torneio, mas disse que trocava o prémio individual pelo coletivo. "A partir do momento em que participamos na primeira edição do Mundial, só temos de nos sentir orgulhosas e privilegiadas. Acho que, apesar do resultado, e eu odeio perder e ainda não superei, a maior vitória que podíamos é a existência deste Campeonato do Mundo. É Portugal ter chegado à final, é termos dignificado o país e termos batido equipas como Japão, Itália e Argentina. Fizemo-lo de forma clara e expressiva".
"Trocava o prémio pela conquista do Campeonato do Mundo. Mas significa que consegui a ajudar a nossa Seleção a ficar tão perto de ser campeã mundial. Mais do que ser atleta, olho muito para ser um exemplo e abrir portas às jogadoras para virem jogar futsal. A existência de um Campeonato do Mundo é muito importante, também para atrair novas jogadoras e os próprios pais. O nosso presidente já nos tinha dito que só iriamos ter noção do nosso feito, quando aterrássemos em Portugal. Já começo a perceber", completou.

