Proença: "Tecnologia da linha de golo é instrumento de defesa da verdade desportiva"
Pedro Proença esteve presente em Matosinhos, na inauguração do primeiro de 32 minicampos de futebol que serão construídos do país até 2027. O presidente da Liga Portugal não quis comentar a operação judicial "bilhete dourado", mas anunciou o uso da tecnologia da linha de golo a partir de 2025/26.
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Questionado sobre a operação "bilhete dourado", que tem movimentado o futebol português fora de campo, Pedro Proença optou por não tercer comentários. "Peço desculpa, não vou comentar esse caso em concreto. Na Liga Portugal, desde que eu assumi responsabilidades no futebol português, existe a preocupação do combate à violência. Aí sim, as várias propostas que a liga foi fazendo ao longo dos tempos, a questão da introdução de um ID card dos bilhetes nominativos. O caminho que nós queremos trilhar é que as famílias regressem aos estádios, tal como foi a nossa marca de água deste ano", apontou.
Quanto à tecnologia da linha de golo, que será introduzida a partir da época de 2025/26, acredita que será uma inovação menos polémica que o VAR. "É mais um instrumento para ajudar naquilo que é a defesa da verdade desportiva e quando queremos que isso aconteça, todos os instrumentos são poucos para poder ajudar as equipas de arbitragem e as estruturas a poderem tomar melhores decisões. E essa é a função da Liga Portugal", destacou.
O dirigente abordou ainda a nomeação de uma equipa de arbitragem dirigida por Artur Soares Dias para apitar a final da Liga Conferência. Pedro Pedro havia o último árbitro português a dirigir uma final europeia de clubes, a Champions de 2012. "Provoca uma satisfação e uma alegria muitíssimo grande, porque, como nós temos dito, o futebol com talento é uma marca transversal do nosso país. É nos jogadores, é nos treinadores ,é nos árbitros e é nos dirigentes. Acho que é uma altura em que nós temos de ser mais positivos quando falamos da nossa indústria. Ao Artur, desejo as maiores felicidades. Sei bem o que significa um momento destes, mas acho que é um momento de consagração da arbitragem portuguesa", sublinhou.
Pedro Proença realçou ainda a importância destes minicampos do Projeto FOOTPARK, que serão abertos à comunidade. "É dos projetos mais icónicos que a fundação já fez desde a sua existência. Era um projeto que nós tínhamos em mente e que a Fundação do Futebol, aproveitando os seus parceiros criou estes FOOTPARKS, que são a verdadeira essência do próprio futebol", começou por dizer.
"Quem não se recorda da década de 70 e de 80 quando nós não tínhamos estas condições e jogávamos futebol de rua. Isto é, no fundo, o voltar novamente a esses tempos com condições diferentes, felizmente, para quem pode utilizar estas infraestruturas, mas é também aquilo que deve ser o trabalho feito dentro do círculo da comunidade do futebol", continuou, realçando o valor deste projeto.
"Juntamos a Fundação do Futebol e a Missão Continente, onde temos também a Câmara Municipal e as juntas de freguesias unidas, com as associações distritais e esta comunidade do futebol que tem por obrigação a criação destes espaços lúdicos. Faz deste projeto um projeto âncora de tudo aquilo que nós queremos para o futebol, um futebol positivo, um futebol integrador, onde meninas e meninos possam satisfazer-se na prática do futebol que tanto nos encanta", concluiu.