O técnico português José Mourinho considera "o desafio perfeito" o projeto de quatro anos que lhe foi proposto pelo Real Madrid, em entrevista ao sítio eletrónico do campeão espanhol de futebol na Internet.
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"Mou" não esconde a sua satisfação pelo prolongamento do contrato para orientar os "merengues" até 2016, sublinhando ter a "profunda sensação de que o plantel, em geral, também está feliz com esta decisão".
Ainda sobre os jogadores, Mourinho avisa que "os melhores dias" de um jovem grupo de trabalho "ainda estão para vir".
"Não é um plantel em vias de extinção que está a jogar os seus últimos anos de futebol ao mais alto nível, pelo contrário. É uma equipa que tem tudo para crescer. Não há nenhum jogador que não possa chegar até 2016. A maioria deles vai fazê-lo no topo da sua carreira", sublinha.
Apesar de ter falhado a conquista da Liga dos Campeões no segundo ano de ligação com o Real Madrid, Mourinho garante que o clube "ganhou muitos adeptos em todo o mundo este ano", pois jogou "o melhor futebol do mundo, mesmo não tendo ganho a competição europeia".
"Na segunda temporada, ganhámos a Liga [espanhola] como tínhamos planificado e veremos o que se segue. Mas sem nenhuma obsessão, porque a obsessão não ajuda. A única obsessão tem de ser aquilo que este grupo de trabalho já tem muito claro, que é a seriedade, o profissionalismo, trabalhar sempre nos limites e respeitar a história do Real Madrid, que é exigente para com os seus profissionais", sustenta.
Mourinho quer "melhorar como equipa, melhorar individualmente" os jogadores, considerando "difícil" a tarefa que o aguarda.
"Confiaram em mim e pensam que sou o treinador ideal para este projeto que temos até 2016. Parece-me o desafio perfeito para mim nos próximos quatro anos, porque é difícil e obriga a mais. Neste momento de maturidade da minha carreira preciso de grandes desafios, que me obriguem a tentar ser cada vez melhor", comenta.
O português diz também ter a sensação de que o presidente Florentino Perez e o diretor-geral José Ángel Sanchez estão felizes com a sua permanência, sublinhando respeitar o "muito tempo" que demorou o processo de renovação, apesar de "nunca ter havido pressa para assinar e para torná-lo público".