
Luis Rubiales, ex-presidente da Federação de Espanha
Thomas Coex / APF
Apesar da nova manifestação de força das futebolistas que reiteram a intenção de não voltar a jogar pela seleção de Espanha, a tomada de posição já não colhe unanimidade. As queixas da maioria das jogadoras aponta para a necessidade de operar mudanças profundas na estrutura federativa.
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Duas das 23 futebolistas que, em agosto, conquistaram o título mundial de futebol feminino pela Espanha, estão disponíveis para continuar a integrar a seleção espanhola. A maioria rejeitou a convocatória, entendendo como insuficientes as medidas adotadas na sequência do caso Rubiales.
Athenea Castillo e Claudia Zornoza, ambas jogadoras do Real Madrid, são, de acordo com o jornal desportivo espanhol "Marca", as exceções à regra, sendo que a lista total de recusas abrange 39 futebolistas.
A grande maioria das jogadoras reclama mudanças profundas na estrutura federativa, que alegam não devem passar apenas pelas alterações na presidência federativa e na liderança técnica da seleção feminina, a quem dizem ter sido entregues a pessoas da confiança de Luis Rubiales e de Jorge Vildas, o selecionador também destituído.
Tudo começou com o polémico beijo na boca que o agora ex-presidente Luis Rubiales deu a Jenni Hermoso, futebolista da seleção espanhola, durante os festejos do título mundial feminino, ganhado pela Espanha.
A seleção espanhola tem dois jogos este mês (Suécia, no dia 22, e Suíça, no dia 26), ambos para a Liga das Nações feminina. Face à recusa, a nova selecionadora terá de encontrar alternativas, para formar a convocatória.
A Espanha tem duelo marcado com a Suécia (a 22 de setembro) e a Suíça (26 de setembro), na estreia na Liga das Nações feminina. A selecionadora terá, ao que tudo indica, um trabalho mais difícil para formar a convocatória.
