Proveitos só podem ser aferidos quando se souber o número de jogos e as seleções. Mas a Liga das Nações gerou 150 milhões de euros em 2019 e apenas contou com a participação de quatro seleções.
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A cerca de sete anos de distância do início do Mundial 2030, é “bastante prematuro” avançar com estimativas, sobre o que poderá valer a Portugal, do ponto de vista económico, vir a ser um dos organizadores da maior competição internacional de seleções. Mas os efeitos no país vão ser enormes e basta ter como referência o Euro 2004, realizado em Portugal há quase 20 anos, que teve um impacto na economia de 440 milhões de euros, enquanto a Liga das Nações, disputada em 2019 e que apenas juntou quatro seleções, gerou 150 M€.
Daniel Sá, diretor executivo do IPAM (Instituto Português de Administração de Marketing) e muito experimentado a fazer previsões sobre a vertente económica de eventos de futebol à esfera global, salienta, ao JN, que, a esta distância, com indefinições de vária ordem, como o facto de não se saber o número de jogos que o país acolherá e, sobretudo, que seleções jogarão por cá, fazer estudos de impacto económico acaba por se revelar uma tarefa inglória.
Se o número de encontros se conhecerá em breve, já em relação aos participantes, a incógnita vai subsistir, em grande parte dos casos, até 2029: “Há seleções que arrastam milhares e milhares de adeptos aos diversos jogos. São pessoas que têm dinheiro e vêm consumir muito, mas outras nem tanto. Será preciso esperar”.