Ricardo Quaresma, que neste momento representa o V. Guimarães, foi um dos oradores do último dia de Web Summit, onde falou sobre a carreira ao mais alto nível. O internacional português assumiu que rumar ao Dubai foi das "maiores asneiras" da carreira e agradeceu a Pinto da Costa por, em 2013, lhe ter permitido o regresso pela porta grande.
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"Quando fui para o Dubai tinha 29 anos, era muito novo para ir. Foi das maiores asneiras da minha carreira. Comecei a ver que as pessoas me estavam a esquecer. As pessoas diziam que tinha acabado, que estava gordo. Voltei à Europa e percebi que o dinheiro não é tudo na vida", começou por dizer Ricardo Quaresma no Web Summit.
""Tenho de agradecer a Pinto da Costa, que me reabriu as portas do F. C. Porto. Foi o maior teste que tive para demonstrar às pessoas que ainda estava bem vivo", salientou.
O campeão europeu por Portugal em 2016 partilhou ainda a história curiosa de como a "necessidade" das trivelas surgiu devido a um problema nos seus pés.
"Eu nasci com os pés muito para dentro, precisava de andar na fisioterapia e esse tipo de coisas. Nessa altura era difícil para os meus pais andarem comigo na fisioterapia. O que aconteceu foi que eu comecei a usar essa parte de fora para fazer as minhas jogadas, os meus cruzamentos. Quando estava no Sporting tive treinadores que levavam a mal, haviam exercícios em que o passe tinha de ser normal, com a parte de dentro, e eu metia sempre a trivela. E houve um treinador, quando era juvenil, que até me mandou sair do treino por causa disso. Ele dizia que não queria esse tipo de passes no treino dele, mas eu não fazia por mal", explicou.