O piloto português já reagiu ao acidente que sofreu no Grande Prémio de Portugal, em que foi abalroado por Marc Márquez, assumindo que o espanhol lhe pediu desculpas no centro médico, mas colocando em causa a razão apresentada pelo piloto da Honda. Ainda assim, Miguel Oliveira afirma que aceitou o pedido de desculpas do seis vezes campeão do Mundo.
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"Tenho um hematoma enorme na perna direita. Estou dorido, mas felizmente não há fratura no colo do fémur. No entanto, ainda vou fazer uma ressonância magnética para verificar se os ligamentos ficaram afetados, mas espero estar apto para o Grande Prémio da Argentina", resumiu Miguel Oliveira, no paddock do Autódromo Internacional do Algarve, antes de explicar o que aconteceu.
"O acidente é fácil de explicar: o Marc tentou uma ultrapassagem ambiciosa. Não tinha espaço, ainda evitou o Martín mas acabou em cima de mim", disse o piloto da Aprilia, que revelou que Marquéz se desculpou no centro médico.
"Sim, já falámos. Tentou explicar-se dizendo que tinha um problema nos travões, mas nestas motos quando vivemos uma situação dessas travamos mais cedo e não tentamos aquele tipo de ultrapassagens. Houve um pedido de desculpas do Márquez e isso é importante. Não fez de propósito, como é óbvio, mas acho mesmo que exagerou. Aceitei o pedido de desculpas, mas, como disse, quando há um problema de travões não se tenta ultrapassar", repetiu, esperando que o incidente tenha consequências: "Espero que o sistema funcione e, se sancionou outros pilotos, que o sancione a ele também", disse.
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A desilusão, essa, era óbvia no rosto do português. "É muito triste acabar o dia assim, com um acidente destes. Tinha ritmo para lutar pelo top 5, estava competitivo, mas também tenho de lamentar que o Marc se tenha magoado. É muito frustrante, sobretudo porque tinha hipóteses de conseguir um bom resultado: fiz um grande arranque e mesmo depois de ser ultrapassado pelo Peco [Bagnaia] estava com um bom ritmo de corrida", lembrou.
"É demasiado inglório acabar a corrida tão cedo, sobretudo quando havia tanta expetativa e apoio por parte dos portugueses", finalizou Miguel Oliveira.