O Rali Dakar, prova rainha de todo-o-terreno, vai voltar a realizar-se inteiramente na Arábia Saudita, apesar de ter em 2021 um percurso "100% novo" e "menos rápido" do que este ano, anunciou esta quinta-feira a organização.
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Numa apresentação que decorreu na Arábia Saudita, a Amaury Sport Organization (ASO) anunciou ainda que a 43.ª edição da prova arrancará a 3 de janeiro de 2021, em Jeddah, terminando na mesma cidade, a 15 de janeiro, depois de 11 etapas e um prólogo, que determinará a ordem de partida para a primeira tirada. O dia de descanso será passado em Ha'il, a 9 de janeiro.
"Não temos o percurso que queríamos, pois tínhamos mais dois ou três países em mente, mas com a pandemia de covid-19 e com o confinamento não há hipótese de visitarmos esses territórios", explicou o francês David Castera, diretor desportivo do evento.
O mesmo responsável explicou que "a Arábia Saudita é um país grande e permite ter um percurso novo". "Só vamos repetir 50 a 80 quilómetros da edição de 2020", observou.
A próxima edição da prova terá uma etapa maratona e duas em "loop" [partida e chegada no mesmo local], o que ajuda a minimizar a necessidade de deslocações, mas o percurso será conhecido apenas em novembro.
Outra novidade para a próxima edição prende-se com a criação da categoria Dakar Classic, para carros e camiões construídos antes do ano 2000.
David Castera anunciou ainda que a organização aprendeu a lição com as mortes do piloto português Paulo Gonçalves e do holandês Edwin Straver, ambas na sequência de quedas de mota a alta velocidade, na edição de 2020. "Fizemos um bom trabalho com os programas de satélite para escolher o percurso, cada quilómetro, de forma a termos um Dakar mais técnico e menos rápido, em que cada etapa tenha múltiplas características: um pouco de dunas, terreno duro, zonas técnicas e zonas rápidas", concluiu o responsável.