Rali de Portugal: "Se o público não se portar bem não vê o rali"

A poucas horas do início da prova, que conselhos deixa aos milhares de pessoas que querem ver o rali ao vivo?

Nunca é demais alertar o público para se manter nas "zonas espetáculo" e, sobretudo, seguir as instruções que são transmitidas pela GNR, pelos nossos marshalls [comissários] e oficiais de prova, porque estivemos um ano a trabalhar para que tudo esteja controlado. Da nossa parte, estamos seguros que as coisas vão correr bem e confiamos no bom senso do público. Se o público não se portar bem, não vê o rali. É tão simples como isso e seria muito triste ver o trabalho de um ano inteiro ir por água abaixo por causa do mau comportamento de meia dúzia de pessoas.

Genericamente, o comportamento tem sido bom nos últimos anos...

O público porta-se bem, mas também temos de salientar que os meios de controlo são mais eficazes e detetam melhor as eventuais falhas. Hoje em dia, os carros têm câmaras a bordo e nós sabemos, logo no momento, quem está mal colocado. Isto para a FIA (Federação Internacional do Automóvel) e para nós, é essencial. Ver pessoas mal colocadas, só para tentarem tirar uma foto com o telemóvel na berma da estrada, colocando a própria vida e a dos pilotos em risco, é inaceitável. Se isso acontecer uma ou duas vezes, a especial é logo cancelada.

Com a estreia dos carros híbridos, que alerta deixa aos adeptos?

É uma tecnologia nova, ninguém está muito informado sobre os cuidados a ter. Pode haver vários tipos de problemas, não é só o choque elétrico, mas temos o novo dispositivo montado (que nos custou muito dinheiro por causa dos 12 carros Rally 1), e estamos convencidos que vai correr tudo bem. Só se pode tocar num desses carros se a luz estiver verde.

O fim das restrições covid deixa antever uma massa humana ainda maior?

Já tínhamos as preocupações com o público antes da covid-19. Claro que, agora, as pessoas estão ávidas de conviver e estamos à espera de muita gente. Foi para isso que nos preparámos.