Base do plantel transitou e reforços elevaram o nível, já a pensar em jogar numa casa nova a inaugurar em 2025.
Corpo do artigo
O Ramaldense reparte a liderança da Série 1 da I Divisão da Associação de Futebol do Porto com o Gervide, só com vitórias ao cabo da 9. ª jornada e com um jogo a menos, contra o Canelas 2010, adiado para este sábado. O arranque tem sido excecional, mas está longe de ser fruto do acaso. “A base da equipa transitou da época passada, perdemos alguns jogadores, mas reforçamo-nos com outros dentro da mesma linha”, explica, ao JN, Paulo Ferreira, treinador que vem trabalhando a equipa com a colaboração de Fábio Maia.
O plantel melhorou e tem opções para várias situações, mas nem tudo foi simples. “O treinador que tinha feito toda a segunda volta no ano passado e nos ajudou a preparar esta temporada, saiu antes de começar o campeonato. Olhamos para dentro e encontramos a solução em casa, o treinador-adjunto continuou, fomos buscar um treinador da casa, jovem, mais um antigo jogador e um bom treinador de guarda-redes e tem corrido bem”, acrescenta Joaquim Novais, presidente do Ramaldense, em declarações ao JN.
Nesta altura, com 20 golos marcados e apenas um sofrido, o Ramaldense tem um dos melhores ataques da série e a melhor defesa e torna-se inevitável falar em subida. “Já tínhamos tentado no ano passado e pensei que neste momento teríamos mais margem de manobra. Na época passada o Cruz ganhou tudo no início e já tinha uma boa almofada. Esta época temos o Gervide à perna e o Desportivo de Portugal, dois grandes rivais. Mas estamos cientes que temos adversários valorosos, que podem criar problemas e que vai ser difícil. Temos muitos jogos pela frente que vão ser complicados”, sublinha o presidente.
Ao cabo de 102 anos, o Ramaldense prepara-se para mudar para uma casa nova, que promete mudar muita coisa. “Até ao final de 2025 está prevista a inauguração do novo campo de Ramalde e aí temos a promessa da câmara que o Ramaldense vai ter aí a sua base, o que nos vai permitir ter mais horas de treino e fazer mais jogos. Na formação temos muita dificuldade para jogar. Já temos jogado em Gondim, Folgosa da Maia, ou Gaia, o que nos obriga a andar com a casa às costas. Mas esperamos poder trabalhar melhor a formação e não andarmos mais às sobras dos outros”, remata Joaquim Novais.