Roberto Martínez devolveu a alegria a Ronaldo, que deve voltar a ser titular no domingo. Luxemburgo é a seleção que mais golos sofre do craque.
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O jogo com o Liechtenstein confirmou as boas sensações que Cristiano Ronaldo assumira publicamente na véspera em relação aos primeiros dias de trabalho com Roberto Martínez. O avançado recuperou a titularidade e a braçadeira de capitão, tendo recompensado a aposta do novo selecionador de Portugal com dois golos e uma exibição bem positiva.
A forma como festejou depois de marcar e os sorrisos abertos que mostrou em muitos momentos da partida realizada em Alvalade são um sinal evidente da satisfação do craque, que parece querer pôr para trás das costas os maus momentos vividos durante o Mundial do Catar e arrancar, aos 38 anos, para uma nova fase, mais luminosa, a caminho do Euro 2024.
Embora Martínez não o tenha garantido, Ronaldo deve voltar a ser titular no jogo de domingo no Luxemburgo (19.45 horas), onde Portugal vai tentar somar de novo três pontos, que lhe permitam manter a liderança do Grupo J de qualificação para o Europeu.
A confirmar-se a presença no onze luso, o avançado terá, assim, oportunidade de alargar o registo de golos à seleção do Grão Ducado, a que mais sofre do astro português. Em quase 20 anos com a camisola das quinas, CR7 marcou por nove vezes aos luxemburgueses, seguindo-se a Lituânia e a Suécia (sete golos), a Andorra e a Hungria (seis) no lote de vítimas preferidas do avançado, que ao longo da carreira já marcou a 47 países.
Chuva de recordes
Diante do Liechtenstein, Ronaldo tornou-se o futebolista mais internacional de sempre (197 jogos) e chegou aos 120 golos por Portugal, dando sequência ao registo que o tornou, em setembro de 2021, o melhor marcador mundial de seleções, depois de ter batido o recorde do iraniano Ali Daei.
Desses 120 golos, 100 foram conseguidos em jogos oficiais, o que também é um novo máximo a nível planetário. De resto, desde 2004 que Cristiano Ronaldo não tem um ano civil em branco no que diz respeito a golos por Portugal, tendo passado a ser o primeiro jogador da história do futebol a conseguir marcar pelo menos uma vez em 20 anos consecutivos ao serviço de uma seleção.
Em qualificações para Europeus, o madeirense também é o recordista, com 33 golos.