Foi uma noite perfeita para o F. C. Porto europeu, já qualificado para os oitavos de final da liga milionária, após uma incrível quinta jornada do Grupo B. Os dragões golearam o Brugge e beneficiaram do empate entre o Atlético de Madrid e o Bayer Leverkusen para garantirem, no mínimo, o segundo lugar.
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A partida da próxima semana com os "colchoneros" poderá servir para os portistas chegarem ainda à liderança de grupo, dependendo do que fizerem e do resultado que o Brugge conseguir na Alemanha.
No reencontro com a equipa belga, o F. C. Porto escolheu a mesma moeda para pagar a "dívida" com que tinha ficado desde o jogo no Dragão. Foi todo um mundo ao contrário. Seguros a defender e venenosos no ataque, os portistas começaram por falhar uma série de oportunidades claras (Eustaquio, Uribe e Taremi não atinaram com a baliza de Mignolet) e o golo do iraniano, pouco depois da meia-hora de jogo, foi um prémio justo, mas escasso, para o que a equipa de Sérgio Conceição fez até ao intervalo.
O turbilhão que se seguiu ao descanso teve muito que contar. David Carmo começou por cometer um penálti inacreditável, descoberto pelo VAR, que Diogo Costa não deixou que se transformasse no empate. Em dose dupla, o guarda-redes portista voltou a vestir o fato de herói, como já tinha acontecido nos dois jogos com o Bayer Leverkusen.
O Brugge deu a ideia de não ter aguentado a pancada, desuniu-se e abriu espaços, que o F. C. Porto, muito mais eficaz do que na primeira parte, aproveitou da melhor maneira, com três golos em 10 minutos: Evanilson fez o 2-0 e estreou-se a marcar nas competições da UEFA, Eustaquio teve a redenção que se lhe exigia depois do erro gravíssimo que cometeu no clássico e dilatou a vantagem azul e branca, antes de Mehdi Taremi fechar o resultado, na conclusão de uma jogada coletiva brilhante da equipa portista.
Estava conseguida, de forma bem exclamativa, a redenção que os dragões procuravam diante do adversário que lhes tinha infligido uma das piores derrotas da história europeia. O Brugge ainda esperneou, em busca do golo de honra, mas Diogo Costa fez questão de manter a baliza fechada até ao último apito.
Positivo
Diogo brilhou na dupla defesa decisiva. Taremi começou mal, mas afinou a mira. Otávio fez duas belas assistências.
Negativo
David Carmo e Uribe jogaram bem, mas podiam ter evitado os amarelos. O central nunca podia cometer aquele penálti.
Árbitro
O árbitro inglês deixou jogar e controlou bem a partida. Foi ajudado pelo VAR na grande penalidade para o Brugge e na repetição da mesma.