No Mundial de clubes do próximo ano, o Benfica reencontra o Bayern Munique, seu adversário na atual edição da Liga dos Campeões, e vai estrear-se em jogos oficiais frente aos argentinos do Boca Juniors e aos neozelandeses do Auckland City, onde já brilhou um português.
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O globo percorrido de lés a lés num grupo com muita história. O Mundial de clubes junta, no Grupo C, uma equipa argentina, o histórico Boca Juniors, e outra neozelandesa, o Auckland City. Do velho continente chegam as mais cotadas da poule, o Benfica e o cabeça de série Bayern Munique.
Os vice-campeões português e alemão foram, curiosamente, adversários na fase liga da Liga dos Campeões, esta época. A 6 de novembro, no Allianz Arena, o Bayern derrotou as águias por 1-0, num jogo resolvido por Jamal Musiala, ao minuto 67.
Vindo de uma temporada atípica, em que falhou o título de campeão alemão, que vencia há 11 anos consecutivos, o gigante de Munique lançou-se em força no mercado, superando os 130 milhões de euros investidos em reforços. Grande parte desse valor foi aplicado nas contratações do médio internacional português João Palhinha, ao Fulham (51 milhões de euros), e de Michael Olise, ao Crystal Palace (53 milhões de euros).
Liderado pelo "eterno" Manuel Neuer e com Harry Kane no papel de goleador, o Bayern Munique lidera, isolado e invicto, a Bundesliga e soma os mesmos nove pontos do Benfica na Liga dos Campeões, esta temporada.
O currículo dos bávaros é imenso. Nele destacam-se, entre outros, os 32 títulos de campeão alemão e as seis Ligas dos Campeões conquistadas. Melhor só o AC Milan, com sete, e o recordista Real Madrid, com 15 troféus.
"La Bombonera": a casa de D10S
Da Argentina, oriundo do mítico "La Bombonera", junta-se um dos clubes mais icónicos do futebol mundial, o Boca Juniors, por onde passaram craques intemporais como Martin Palermo, Carlos Tévez, Gabriel Batistuta, o atual presidente Juan Román Riquelme e, acima de todos estes, Diego Armando Maradona.
O clube "xeneize" é um dos mais bem-sucedidos da história e tem nos seus fiéis adeptos, sobretudo quando joga no "La Bombonera", uma força extra para superar os momentos menos positivos.
Longe dos seus tempos áureos, foi finalista vencido da última Taça dos Libertadores, sucumbindo no jogo decisivo perante o Fluminense, apenas após prolongamento (1-2).
Hoje, tem como figura principal o internacional uruguaio Edinson Cavani, apesar dos seus 37 anos. Juntam-se-lhe outros veteranos como Gary Medel, Sergio Romero e até o ex-Sporting Marcos Rojo e o ex-Vitória de Setúbal Luis Advíncula.
Do Boca Juniors continuam a sair vários talentos para o futebol europeu. Recentemente, Valentín Barco mudou-se para o Brighton, da Premier League, juntando-se a uma lista que inclui, só na última época, nomes como os de Alan Varela (F. C. Porto) ou Luis Vázquez (Anderlecht).
Um português na história do Auckland City
Do outro lado do mundo vem a equipa que completa o Grupo C do Mundial de clubes, o Auckland City, da Nova Zelândia, crónico vencedor da Liga dos Campeões da Oceânia. Nos últimos 12 anos, venceu a prova em dez ocasiões. O facto de nela não participarem clubes da Austrália, que integram as competições da confederação asiática, terá um peso relevante para estas contas.
Fundado em 2004, marcou presença em onze edições do antigo Mundial de clubes, tendo o terceiro lugar obtido em 2014 como melhor registo.
O português João Moreira, que aos 38 anos ainda atua no futebol neozelandês, mas ao serviço do Takapuna AFC, é um dos melhores marcadores da história do Auckland City, com um total de 38 golos. O maior artilheiro do clube é o argentino Emiliano Tade, com 134.