Relva, embalagens e óleos alimentares: Benfica explica todas as práticas de sustentabilidade
O Benfica apresentou, esta quinta-feira, o relatório de sustentabilidade, um cenário que enuncia uma nova visão estratégica do clube que reforça o compromisso com a transparência, responsabilidade e criação de valor para a sociedade. "Um marco institucional que reflete um caminho de constante evolução", defende Rui Costa, líder das águias. O aproveitamento da relva do estádio para fertilização dos solos, transformação de óleos em detergentes 100% ecológicos e o tratamento de resíduos e reciclagem são algumas das práticas reveladas.
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No dia nacional de sustentabilidade, esta quinta-feira, o Benfica apresentou o seu primeiro relatório do setor, fruto, segundo as águias, de uma nova visão estratégica do clube. "Um marco institucional que reflete um caminho de constante evolução. Trata-se de um novo capítulo na forma como olhamos para o impacto do clube - dentro e fora de campo. Construído com rigor e determinação, consolidamos uma visão mais ampla e integrada daquilo que significa ser Benfica: vencer, sim - mas vencer com valores, com ética e futuro", assume o líder das águias, numa mensagem, anexa ao documento.
O Benfica exemplifica algumas das práticas seguidas ao longo dos anos. Na gestão de resíduos e reciclagem criou um ecocentro em 2010 que, só em 2024/25, tratou mais de 350 toneladas, das quais 85% foram recicladas.
Por outro lado, revela uma prática de takeaway sustentável. Para reduzir o consumo de embalagens de uso único, cerca de 120 atletas receberam recipientes de vidro para levarem as suas refeições diárias. Cada um recebe dois recipientes: (sopa e refeição principal), numa decisão que estima uma poupança aproximada de 82 mil embalagens por época
Por outro lado, e para fazer face ao meio ambiental e alterações climáticas, as águias recolhem óleos alimentares, desde novembro 2022, que tratam e transformam em detergentes 100% ecológicos. A separação de pilhas, baterias, lâmpadas e equipamentos elétricos usados e encaminhados para reciclagem, são outra das preocupações.
Na época 2024/2025, foram entregues 80 toneladas de relva cortada para compostagem (processo biológico que recicla resíduos orgânicos). Os encarnados revelam que as aparas de relva são entregues a agricultores da zona do Seixal e transformadas em fertilizantes naturais, reduzindo a quantidade de resíduos enviados para aterros e promovendo a fertilização do solo. Um processo que reduz a produção de gases com efeito estufa.
As águias referem ainda, no documento, que a "RED", empresa que trata dos relvados - iniciou, ainda em 2022/2023, a transição progressiva da frota de equipamentos de corte de relva de motores a combustão para elétricos.