Nuno Espírito Santo revolucionou o histórico clube de Nottingham. Há décadas que os “tricky trees” não tinham resultados tão bons.
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Há 55 anos que o Nottingham Forest não vencia o Liverpool em Anfield. A última vez que ganhou três jogos seguidos na Premier League havia sido em maio de 1999 e, 26 anos depois, voltou a ser visto no pódio da grande liga inglesa. Nas redondezas do City Ground, a palavra espalha-se: “Forest are back (o Forest está de volta)”. E isso não são palavras pequenas, tendo em conta que em questão está um clube bicampeão europeu, que ganhou dimensão internacional no final da década de 1970, mas que depois andou desamparado pelos escalões inferiores, limitando-se a sobreviver entre crises desportivas e financeiras. Entretanto, recompôs-se: em 2022, voltou à Premier League, colocando um ponto final numa ausência de 23 anos, e agora, após duas épocas a assegurar a permanência ‘in extremis’, é o surpreendente terceiro classificado, só atrás de Liverpool e Manchester City.
“Renascimento do clube? Sem dúvida!”, diz Paul Taylor, jornalista inglês que acompanha o dia a dia do Forest para o The Athletic.Nem um ano depois de ter chegado, Nuno Espírito Santo já votou ao esquecimento Steve Cooper, o antecessor que conseguiu o tal feito de devolver os “tricky trees” à elite inglesa e que à conta disso virou ídolo dos adeptos e habitantes de Nottingham. Na época passada, o português evitou a despromoção, mesmo com a dedução de quatro pontos devido a problemas financeiros e administrativos, e esta temporada, com Morato (ex-Benfica), Boly (ex-F. C. Porto) e Jota Silva (ex-V. Guimarães), colocou o clube no topo da Premier League, algo inédito desde os tempos áureos de Brian Clough e Frank Clark.