Renato Paiva: "João Neves e Gonçalo Ramos levam uma bofetada se me marcarem um golo"

Numa entrevista à FIFA, Renato Paiva, atualmente a orientar o Botafogo, projetou o Mundial de Clubes que se vai disputar nos Estados Unidos, no verão, e abordou com boa disposição o possível reencontro com dois jogadores que orientou na passagem pelo Benfica. 

"Há dois que se me marcarem algum golo vão levar uma bofetada cada um, o Gonçalo Ramos e o João Neves, do PSG [risos]. Vão jogar do outro lado do campo, há essa curiosidade. Já falámos, já falei com o Gonçalo sobre isso. Foram jogadores com quem trabalhei, mais com o Gonçalo do que com o João. Hoje estão no PSG. Também há os casos do Cancelo, do Rúben Dias, do Bernardo Silva, do Ederson... São jogadores com quem mantenho contacto", referiu, avaliando a progressão dos atletas que já orientou.

"Vejo-os com muito orgulho, enquanto treinador tive uma percentagem muito mínima no trajeto deles. Fui um dos vários treinadores que tiveram. Mas o mais importante nestes trajetos são sempre eles. Hoje estão todos num nível muito alto, na seleção portuguesa, jogam a Champions. Orgulho-me muito porque enquanto estive na formação fui sempre um treinador que nunca olhou para os títulos", acrescentou. 

O técnico português destacou, ainda, os restantes confrontos e teceu uma consideração quanto às dificuldades que terá pela frente na mais recente prova criada pela FIFA. 

"Num Mundial deste nível, tu não tens muita capacidade para escolher adversários, todos os grupos são muito complicados. São equipas muito difíceis, com plantéis fabulosos, com muito investimento. E, depois, com um detalhe muito importante, que aqui, sim, eu acho que nós estamos com alguma desvantagem em relação a outras equipas: quer o PSG com Luis Enrique, quer o Atlético de Madrid, com o Diego Simeone, são equipas que já tem um treinador, uma linha de trabalho, uma linha metodológica que vem ao longo de algum tempo", atirou.