Auditoria foi solicitada pela direção liderada por António Miguel Cardoso.
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Os resultados da auditoria às contas da SAD, solicitada pela atual direção e referentes à gestão entre julho de 2018 e março de 2022, efetuada pela Baker Tilly, evidenciam "débil posição financeira".
Relativamente ao passivo, no valor de 52,1 milhões, a Baker Tilly explica que em 2021 o passivo aumentou significativamente face a 2020 (quase que triplicou), resultante essencialmente da operação de compra de jogadores a um outro clube e da posterior operação de financiamento efetuada no âmbito da operação. Em 2022, a redução de 51% do Ativo corrente face ao período anterior, aliado ao crescimento do Passivo corrente em 33%, originou uma redução significativa no rácio de liquidez, de 68% em 2021 para 25% em 2022. Em 2021 e 2022, o rácio de autonomia financeira (capital próprio/ ativo) é negativo uma vez que o capital próprio é negativo, evidenciando uma débil posição financeira.
A Baker Tilly verificou que o fluxo de informação e o processo de tomada de decisões de compra e venda de jogadores não está suficientemente documentado e formalizado, mas que os passes dos jogadores adquiridos estão corretamente contabilizados e pagos (UEFA e a FIFA exigem o pagamento atempado dos passes e de dívidas a outros clubes, jogadores, Segurança Social e Autoridade Tributária). Foram ainda identificadas diversas comissões a pagar vencidas e não regularizadas, resultantes de dificuldades de tesouraria.
No que diz respeito aos contratos de financiamento celebrados com a Apollo (direitos televisivos) e a Score Capital (operações de aquisição e alienação de jogadores e com um contrato de publicidade), não foram identificadas situações relevantes a reportar.