F. C. Porto vence Paços, depois de estar a perder, num jogo em que não deu sinais de depressão pela goleada europeia. Díaz e Wendell foram decisivos
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Foi um virar de página difícil para o F. C. Porto, quatro dias depois de ter sido goleado pelo Liverpool. A equipa portista chegou a ter o pior cenário possível pela frente, quando o Paços de Ferreira se adiantou aos 19 minutos, mas conseguiu dar a resposta que Sérgio Conceição tinha pedido, com uma reviravolta merecida no marcador, ainda que os castores tenham estado na discussão do resultado até ao último segundo.
Conforme o esperado, Conceição mexeu muito no onze azul e branco relativamente ao desaire na Champions (nem podia ser de outra maneira, tal a forma como criticou a equipa após o jogo europeu), estreou Evanilson e Francisco Conceição como titulares, e acabou a partida a festejar um triunfo imprescindível.
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O Paços mostrou logo aos dois minutos ao que vinha. Após um erro do regressado Pepe, o avançado Denilson criou o primeiro calafrio no Dragão, como que a anunciar o golo que Nuno Santos viria a marcar ainda antes do meio da metade inicial, num lance em que Marcano pareceu ter sofrido falta antes. O F. C. Porto, que já começara a testar os dotes do guarda-redes André Ferreira, autor de uma excelente exibição, teve o mérito de não se deixar abalar pela desvantagem, partindo de imediato para uma reação que viria a ter frutos em cima do intervalo, com Luis Díaz a agitar e a finalizar.
Pelo meio, mais polémica, com o árbitro Manuel Mota a mostrar cartão amarelo a Antunes, numa jogada em que o lateral pacense rasteirou Taremi quando este seguia isolado para a baliza.
Adivinhava-se a continuação do assalto portista à area do Paços de Ferreira na segunda parte e a verdade é que o 2-1 não tardou. Depois de Evanilson ter cabeceado à trave, o golo da reviravolta surgiu pelo pé esquerdo de Wendell, que se estreou a marcar pelo F. C. Porto na melhor das alturas para a equipa de Conceição. O Paços reagiu de imediato e ameaçou o empate, com Wendell quase a fazer autogolo num desvio ao poste, mas o resto da partida foi bem controlada pelos dragões, que estiveram várias vezes à beira do 3-1, sem o conseguir, muito por culpa do inspirado André Ferreira.
Mais: Vitinha trata a bola por tu e fez mexer o meio-campo portista. Luis Díaz foi sempre um perigo. Wendell encheu o pé para um belo golo. André Ferreira brilhou na baliza pacense com uma série de defesas.
Menos: Taremi não esteve à altura de outras noites no ataque dos dragões e Evanilson, surpresa no onze, não fez muito melhor. A defesa dos castores distraiu-se no canto que resultou no golo de Wendell.
Árbitro: Que Manuel Mota não tem lá grande jeito, já se sabe há muito, mas o VAR podia tê-lo ajudado no golo do Paços e no vermelho poupado a Antunes. Dúvidas na expulsão de Taremi.
Veja o resumo do jogo:
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