Revolução no Manchester City com Hugo Viana a gastar 346 milhões de euros em seis meses
Diretor desportivo português trabalhou em conjunto com Pep Guardiola e renovou por completo o plantel do City, de modo a esquecer época desastrosa e a ser testado no Mundial de Clubes. Apesar do valor gasto, o clube de Manchester continua com mais de 100 acusações de incumprimento do fair-play financeiro.
Corpo do artigo
Depois da temporada muito abaixo das expectativas, onde o Manchester City ficou em terceiro na Premier League, caiu no play-off de acesso aos oitavos de final da Liga dos Campeões, foi derrotado na Taça da Liga na quarta ronda e perdeu a final da Taça de Inglaterra em Wembley, Pep Guardiola começou a dar sinais de uma necessária renovação. "Há jogadores que têm uma certa idade, as coisas não são eternas. Temos que tomar decisões", afirmou.
A verdade é que, com a chegada de Hugo Viana, vindo do Sporting, o diretor desportivo tem feito uma revolução total no plantel, em conjunto com o técnico espanhol. Após as contratações de Vitor Reis, Khusanov, Omar Marmoush e Nico González em janeiro, os "Cityzens" atacaram agora o mercado anterior ao Mundial de Clubes, para testar, já em solo norte-americano, esta nova versão do clube de Manchester.
Primeiro, gastaram 40 milhões em Ait-Nouri, lateral-esquerdo argelino que estava no Wolverhampton, seguido da sensação Rayan Cherki, criativo francês do Lyon, custando 36 milhões de euros mais seis em objetivos, num negócio muito elogiado pelo baixo custo. Para o miolo, chegou o neerlandês Reijnders, que se impôs no AC Milan e custou uns extraordinários 70 milhões de euros, vindo também o guarda-redes Bettinelli, proveniente do Chelsea, com um valor não revelado.
Ao todo, desde janeiro, os "City Blues" gastaram 346 milhões de euros, um valor que pode chegar aos 375 milhões, ignorando assim as 130 acusações de incumprimento do fair-play financeiro de que é alvo.
Agora começam as operações de saída. "Quero um plantel curto ou vou embora. Não quero ter que deixar cinco ou seis jogadores fora dos convocados”, ameaçou Guardiola. Certo é, que Jack Grealish e Kyle Walker ficaram de fora da comitiva para o Mundial de Clubes, sendo que De Bruyne saiu a custo zero para o Nápoles e Yan Couto foi vendido ao B. Dortmund.
Também na equipa técnica houveram contratações, todas com passado em Anfield. Pep Lijnders, antigo braço-direto de Jürgen Klopp no Liverpool e que passou pelos escalões de formação do F. C. Porto, vai ser o novo adjunto de Pep Guardiola, com James French, especialista nas bolas paradas que estava no Liverpool há mais de uma década, a mudar-se também para o Manchester City.
As preces de Pep Guardiola foram ouvidas e agora não se pode queixar da falta de "fome" de um plantel que já ganhou tudo, com o fair-play financeiro de olho na parte azul de Manchester.