Golo apontado à Espanha dá-lhe crédito. Rotação de Fernando Santos deve proporcionar estreia a titular.
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A temporada de sonho a nível individual de Ricardo Horta continua. Depois de ter contribuído com 22 golos e 10 assistências na temporada do Braga, tornando-se no português com mais contribuições diretas para golos, regressou à seleção nacional oito anos depois da única internacionalização que havia somado e o retorno trouxe a estreia a marcar, saltando do banco para empatar (1-1) o jogo frente à Espanha em Sevilha.
Face ao calendário apertado de Portugal, o golo do arsenalista valeu-lhe crédito que o aproximam da estreia a titular, crescendo a hipótese de ser lançado no onze já frente à Suíça, amanhã. Se tal não acontecer, é quase certo que será aposta de início frente à República Checa, na quinta-feira. "Chegas, marcas um golo, marcas pontos, isso é perfeitamente normal", disse o selecionador nacional Fernando Santos, após o encontro com os espanhóis.
É o regresso de sonho de um jogador que há muito que era falado nas conferências de imprensa de Fernando Santos por ficar de fora dos convocados e que respondeu da melhor maneira na primeira vez que lhe foi dada oportunidade, após um ano onde chegou ao golo 93 com a camisola do Braga, tornando-se assim o maior marcador da história do clube, superando Mário Laranjo. "Estou aqui por mérito", garantiu o jogador, após a partida.
A primeira chamada de Ricardo Horta tinha sido em 2014, quando ainda era jogador do Málaga, e Paulo Bento o lançou frente à Albânia num encontro que Portugal viria a perder em casa, por 0-1, e que levou ao despedimento do agora selecionador da Coreia do Sul. Fernando Santos demorou oito anos a voltar a chamá-lo, mas justificou a convocatória. "O Ricardo Horta tem características muito próprias e tem golo. Pode claramente jogar numa ala com movimentos interiores", explicou o selecionador.