Ricardo Pereira: “Para fazer planos de carreira é preciso coragem e isso tem faltado”
Ricardo Pereira é o treinador de guarda-redes do Valladolid (Espanha) e explica, ao JN, porque os clubes portugueses nem sempre apostam em guarda-redes portugueses. Mas na Liga 2 a realidade até é diferente.
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Em Portugal, só cinco equipas da última Liga tiveram como guardião mais utilizado um português. A que se deve isso?
À falta de aposta e de paciência. O país não está a conseguir produzir número suficiente de guarda-redes para depois se imporem na Liga. Mas não acredito que haja tão poucas alternativas de qualidade. O Boavista e sobretudo o Farense fizeram apostas interessantes na época passada. Devia haver mais exemplos.
Nos três grandes, Diogo Costa é caso isolado. É mais difícil quem luta pelo título jogar com um guardião português?
Não. O F. C. Porto fez uma gestão exemplar da carreira do Diogo. Foi uma aposta a queimar etapas. De outra maneira não teria o sucesso que tem tido. Foi uma aposta consistente. O Sporting, há uns anos, também apostou assim no Rui Patrício, que chegou a titular da seleção. Teve tempo e foi bem sucedido. Para fazer planos de carreira é preciso coragem e isso tem faltado.