Exibição autoritária sela triunfo e serve para recuperar da derrota na Taça da Liga. Rio Ave não perdia em casa há mais de um ano. Gyokeres entra e marca.
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Foi uma demonstração de força o que o Sporting fez em Vila do Conde, numa vitória clara, por 3-0, com um autogolo de Aderllan Santos e golos de Hjulmand e Gyokeres. Os leões voltaram a rugir depois da derrota na Taça da Liga e sararam o orgulho, mantendo, ainda, a liderança isolada, com uma vitória fora pela primeira vez desde novembro, no jogo da despedida de Ruben Amorim, em Braga, acabando ainda com a invencibilidade, nos Arcos, do Rio Ave, que durava desde outubro de 2023.
A grande novidade no Sporting foi a titularidade de Rui Silva na baliza, que foi oficializado em Alvalade, na terça-feira, com Gyokeres a começar no banco, devido a problemas físicos, ao lado de Bragança, recuperado e novamente opção. Quase não deu tempo para os jogadores ganharem ritmo que as redes já balançavam. Aos quatro minutos, um cruzamento de Quenda foi intercetado por Aderllan Santos, mas o carrinho do central foi ineficaz e a bola acabou desviada para dentro da baliza.
Estava feito o 1-0, mas via-se que o Sporting queria mais, a pressão era alta, intensa, e o Rio Ave percebeu cedo que ia sentir bastantes dificuldades em controlar um leão faminto, motivado pelo desaire, precisamente há uma semana, às mãos do eterno rival. Mas do outro lado estava Miszta, guarda-redes que fez, provavelmente, uma das melhores exibições na carreira, e conseguiu ir travando as investidas leoninas. Mas o polaco não podia fazer tudo e Petrasso cometeu penálti por mão na bola. Trincão estava em campo, mas foi o capitão Hjulmand a bater e a converter a grande penalidade.
É difícil não destacar Miszta, que terminou o jogo com 11 defesas, 10 delas dentro da área, e que foi o único responsável do Rio Ave para impedir que o encontro terminasse com números dignos de uma partida de hóquei. E Harder que o diga, o avançado bem tentou, mas não estava nos dias dele, e falhou várias ocasiões isolado com o guardião. Rui Borges colocou Bragança em campo, que já não jogava desde o início de dezembro. Além do médio, veio Gyokeres, a 10 minutos do fim, e há coisas que parecem ser inevitáveis no futebol: sete minutos em campo bastaram para que o “viking” fizesse o gosto ao pé.
Agora, o Sporting vai a Leipzig, na quarta-feira, para a Liga dos Campeões, com uma missão semelhante de tentar recuperar o orgulho e voltar a sorrir na Europa, afastando o fantasma de duas derrotas seguidas na prova.