Médio colombiano marca na própria baliza e estraga regresso de José Mourinho a Stamford Bridge. Encarnados fazem uma exibição positiva, lutam até final, mas perdem com o Chelsea e continuam sem pontuar na Champions.
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Segundo jogo, segunda derrota do Benfica na principal prova europeia de clubes, agora na visita ao Chelsea, após o inesperado desaire com o Qarabag (2-3), na Luz, no início da fase de liga, que ditou a saída de Bruno Lage e o regresso de José Mourinho ao banco das águias.
Em noite de regresso a Stamford Brigde, o "Special One" ouviu os adeptos locais cantarem por ele, mas não conseguiu inverter a tendência encarnada de obter resultados negativos contra o Chelsea e, no fundo, o único "one" que se viu foi o tento que fez a diferença, ainda por cima apontado na própria baliza, após o quarto de hora, numa intervenção infeliz de Richard Ríos que, ao tentar aliviar uma iniciativa de Garnacho, fez autogolo!
Ficou logo escrito, ao minuto 18, o desfecho do encontro, num resultado bem pior do que a exibição. Ao Benfica sucedeu o contrário do que se passara frente ao Gil Vicente, sexta-feira, para a Liga, em que venceu sem convencer (2-1), sendo que a exibição em Londres teve vários períodos positivos, a que faltou juntar a eficácia, dado que o empate seria mais justo.
Perante um Chelsea com baixas e rejuvenescido, José Mourinho só fez uma alteração em relação ao jogo com os gilistas, com o regresso de Barrenechea, em detrimento de Schjelderup.
O Benfica entrou melhor, Lukebakio viu cedo uma bola acertar num poste e Ríos não aproveitou uma boa chance de golo, mas o colombiano, a contratação mais cara da época (27 milhões), voltou a ser ineficaz. O médio continua em branco, estreando-se a marcar, mas na baliza errada.
A equipa demorou a reagir à adversidade, mas acabou por se recompor, embora com alguma aflição pelo meio, como se viu num lance perto do descanso em que Trubin, sem oposição, quase imitava Ríos.
O recomeço voltou a trazer um Benfica à procura do empate, com Mourinho a intensificar a aposta ofensiva, o que se viu sobretudo no último quarto de hora, com a entrada de Ivanovic. A equipa, galvanizada por 2500 apoiantes, esteve por cima do Chelsea, forçou o golo, mas raramente esteve perto de o alcançar, acabando por sofrer a segunda derrota na Champions. A águia continua sem pontuar na prova, mas deu sinais de melhorias, o que poderá tentar potenciar, na visita de domingo ao F. C. Porto, para a Liga.