Em entrevista à Sport TV, o selecionador nacional, Roberto Martínez, abordou as ausências de Trincão e Matheus Nunes, revelou a aptidão física esperada de Pepe e de Pedro Neto, e ainda explicou a escolha dos cinco centrais.
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Após a convocatória da seleção nacional para o Euro 2024, Roberto Martínez respondeu às dúvidas que surgiram depois da revelação dos 26 nomes. Desde logo, revela a esperança que contará com um Pepe apto fisicamente. " O Pepe está apto medicamente. Tivemos uma conversa muito importante e detalhada com a equipa médica. Já o Raphael Guerreiro não estaria apto para o primeiro dia de preparação. O Pepe, esperamos que esteja", revelou.
Questionado pela ausência de Trincão, o selecionador justifica com a lesão que o retirou do estágio de março. "O Trincão esteve na lista de março e esteve lesionado. O Francisco (Conceição) entrou contra a Eslovénia, num jogo difícil, e mostrou que está preparado. Faz sentido continuar. O Trincão, a nível de clubes, fez uma época em que merece estar na Seleção, mas quando olhamos a outros jogadores, o Chico agora ficou à frente na lista", considerou.
As características de Francisco Conceição tornam óbvias a escolha do Número 10 do F. C. Porto. "Os últimos cinco/seis meses foi individualista e também um jogador de equipa. É consistente, está a jogar muitos minutos, jogos importantes, Champions, tem disciplina tática, com e sem bola. Temos um jogador perfeito para o torneio", adiantou.
Pedro Neto foi uma das surpresas desta convocatória, sendo a condição física do extremo uma incógnita. O técnico espanhol vai prepará-lo nos trabalhos antecedentes ao Euro. "Está a trabalhar há três semanas e está apto e fresco, não podemos ter tudo. Não é um estágio curto, é um período de preparação, com três jogos particulares, o processo natural é que possa jogar 30 minutos, 45 minutos e uma hora. A versatilidade e a polivalência são os pontos fortes", sublinhou.
Quanto a Matheus Nunes, a falta de minutos no Manchester City é a justificação. "É difícil para nós saber se consegue fazer dois jogos em quatro dias. A ideia em março era ele fazer os dois jogos, mas depois do primeiro ele não estava apto para o segundo. Temos jogadores semelhantes, Rúben Neves pisa os mesmos terrenos, o Otávio também, conhecemos o que pode dar na Seleção, mas não em que período", avançou.
A escolha dos cinco centrais permite ao selecionador trabalhar com diferentes sistemas. "São jogadores diferentes, dão opções para jogar com três centrais, linha de quatro, linha de cinco, é preciso essa flexibilidade tática", começou por dizer, acrescentando que não revela a dupla de centrais titular. "Gostaria que os treinadores adversários tivessem dúvidas", concluiu.