Jovem marca dois golos de classe e volta a ser decisivo. “Fama” ainda assustou a Invicta.
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Dezassete anos, qualidade para dar e vender e uma maturidade muito acima da média. Após ter sido decisivo na vitória frente ao Casa Pia, em Rio Maior, Rodrigo Mora viveu uma tarde de glória no Dragão, dando as únicas pinceladas de classe ao triunfo do F. C. Porto frente a um Famalicão que reagiu perto do final e ainda acreditou no empate.
O dilúvio que se abateu na cidade Invicta em plena Sexta-feira Santa terá afastado muitos adeptos do recinto azul e branco, já que a anunciada lotação esgotada se transformou em pouco mais de 39 mil pessoas nas bancadas e o estado do tempo teve reflexos no que se passou no relvado. A apatia arrastou-se durante 20 minutos até que Rodrigo Mora decidiu dar um pontapé na pasmaceira: bailou perante três adversários e o arrojo encontrou a felicidade que fez a bola desviar num defesa para abrir o marcador.
Sorriso ainda tentou a sorte, mas o remate saiu por cima da baliza de Diogo Costa, e um disparo de longe de Fábio Vieira fez voar Carevic. Tudo contado sobre uma primeira parte cinzenta, com o guarda-redes do Famalicão a confiar nos reflexos para travar um cabeceamento de Zé Pedro. O segundo tempo abriu com uma oportunidade e fez a vénia a mais um momento de génio. Aos 59 minutos, Mora trabalhou de pé direito e, com o esquerdo, marcou um golo simplesmente fantástico. A poucos dias de completar 18 anos, o criativo dos azuis e brancos foi o verdadeiro adulto na sala, sendo alvo de uma enorme ovação quando, a um quarto de hora do final, foi substituído por Gonçalo Borges.
O final de tarde dos portistas podia ter sido mais descansado se o remate de Fábio Vieira, após passe de Mora, não tivesse saído ligeiramente por cima e o lance foi o canto do cisne em termos ofensivos para os dragões.
Aos 82 minutos, o cruzamento de Pedro Bondo transformou-se num chapéu perfeito a Diogo Costa e o Famalicão pressionou em busca do empate, causou alguns calafrios e o F. C. Porto acabou reduzido a dez elementos, após a expulsão de Gonçalo Borges, por entrada imprudente sobre um adversário.