Técnico do Benfica descartou regresso do internacional português à Luz e elogia o momento positivo da equipa. Prevê dificuldades frente ao Chaves, no sábado (18 horas).
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O rumor do regresso de João Félix ao Benfica, emprestado pelo Atlético de Madrid, surgiu em Espanha mas foi esta sexta-feira descartado por Roger Schmidt, técnico do Benfica.
"Se fosse possível, era bem-vindo. Jogou apenas uns meses aqui, gosto muito dele, mas não me parece realista. Foi vendido por muito dinheiro, mas se fosse possível era muito bem-vindo", atirou, entre risos, o alemão, que abriu a porta a mudanças na equipa frente ao Chaves, no sábado.
"É uma coisa que temos sempre de fazer, ir mudando. Vamos jogar contra uma equipa muito boa, o Chaves já demonstrou isso esta temporada. São bons a atacar e fazem bons jogos fora de casa, não só por terem batido o Sporting e o Braga, mas isso já diz tudo", explica, antes de abordar as sensações da equipa. "Estamos muito confiantes, depois de um jogo especial, um jogo crucial. A Juventus deu tudo para voltar a entrar no jogo e no apuramento, mas nós demonstrámos todo o nosso potencial. Fomos muito inteligentes e estivemos muito concentrados. É uma obrigação manter este nível. Temos duas semanas, depois temos uma folga para o Mundial, queremos mostrar o nosso futebol", explicou, na antevisão ao encontro com os flavienses.
À chegada a Portugal, Schmidt mostrou amor pelo Benfica, e garante que o sentimento não mudou. "Já tinha a sensação certa no aeroporto, não é que conhecesse o clube muito bem, mas sentia isso, quando falei com as pessoas, o Rui Costa, o Lourenço, que era o sítio indicado para vir treinar, foi por isso que disse que 'quem gosta de futebol, gosta do Benfica'. Agora conheço o clube muito melhor, um clube com grande paixão, basta ver o ambiente em jogos como o de terça-feira, era tudo o que esperava encontrar. Estou muito contente de já ter tido esta sensação mesmo antes de assinar contrato", explicou, sem querer comparar a qualidade do futebol deste Benfica com as suas anteriores equipas.
"É quase impossível comparar os momentos da minha carreira. O que posso dizer é que neste momento estamos a jogar a um nível muito bom e creio que temos um futebol muito fiável quando temos a bola. Mostramos várias faces diferentes em outros jogos. Já mostramos que nos podemos adaptar e estou muito satisfeito pela forma como os jogadores estão a jogar. Na terça-feira foi um jogo excelente. Se continuarmos neste nível, temos capacidade de ganhar troféus este ano. Não posso comparar clubes antigos com o Benfica", afirma.
Sobre a pouca rotação no onze esta temporada, explica que a época ainda vai no início e que todos terão um papel durante a temporada. A decisão é minha, mas quem decide são os jogadores. A minha responsabilidade é estar atento e garantir que temos uma equipa em campo que seja a melhor para ganhar jogos. Tento tratar todos os jogadores da mesma forma, dar a mesma atenção. Ainda estamos no início da temporada, há jogadores chave que estão a ser incríveis, mas não vão estar ao mesmo nível na temporada inteira. Isto varia ao longo da temporada, estou aberto a tudo. Há muitos jogadores no banco que podem ter um papel diferente. Agora tem de ficar à espera da oportunidade, mas mantendo uma atitude positiva, temos de garantir bom ambiente na equipa e admiro muito como todos os jogadores apoiam os que jogam mais. A porta do onze inicial está sempre aberta a todos, são eles que decidem com os seus desempenhos", assegura, antes de abordar o mercado de janeiro.
"Estou muito satisfeito com o plantel, mas pode-se fazer esta pergunta a todos os treinadores. Quando abre a janela de transferências, e ver se e possível melhorar. O mercado de janeiro é diferente, não há grandes alterações, mas se surgir uma oportunidade é preciso pensar nisso. Temos uma equipa equilibrada e em janeiro poderemos ter de repensar as coisas. Pode acontecer alguma coisa, ou não acontecer nada. Mas isso é o mesmo para todos os clubes e treinadores", concluiu.