Terceiras épocas do treinador português costumam deixar a desejar ou nem acabam. Romanos já enfrentam mini-crise.
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Tendo em conta o passado, José Mourinho e a Roma não devem esperar grande coisa de 2023/24. Por norma, as terceiras temporadas do treinador português à frente do mesmo clube ou têm pouco ou nada que se aproveite ou então nem chegam ao fim, com as duas partes a acordarem rescisões de contrato mais ou menos amigáveis, que, ao longo do tempo, até têm rendido indemnizações bem compostas a “Mou”. Foi assim no Chelsea, no Manchester United e no Real Madrid. Agora, os primeiros sinais desta época denunciam um desfecho semelhante na Roma. Amanhã (19h45), os “giallorossi” defrontam o Empoli na quarta jornada da Serie A, depois de terem somado só um ponto nas três anteriores e atordoados por duas derrotas seguidas.
Este mau início de campeonato tem raízes no final da época passada. Por um lado, as críticas à arbitragem que valeram a Mourinho dez dias de castigo que o impediram de estar no banco nas duas primeiras rondas (Salernitana e Verona). Por outro, uma suposta relação pouco consensual entre o treinador e a direção desportiva do clube, liderada por Tiago Pinto. Os desabafos reiterados de “Mou” sobre a falta de investimento serviram de pouco, com a Roma a manter-se, neste defeso, muito contida, gastando apenas 9,3 milhões de euros em contratações, tanto como em 2022/23. Ainda assim, à capital italiana chegaram nomes de respeito e com traquejo na alta roda, como Leandro Paredes, Aouar, Renato Sanches e Romelu Lukaku, que, tal como Dybala há um ano, foi recebido com doses massivas de entusiasmo pelos “tiffosi”. Certo é que apenas Empoli, Verona e Frosinone investiram menos do que a Roma no reforço da equipa, o que ajuda explicar por que razão José Mourinho também não se estica muito nas ambições. “Nós estamos entre o quinto e oitavo lugar. Depois, se conseguirmos fazer um feito e terminar no top-4, ótimo”, declarou quando questionado sobre os objetivos da Roma.