Romário Cunha: As mãos de ferro que colocam Portugal na final do Euro de sub-17
Romário Cunha saiu de Ribeira de Pena para se tornar o mais recente herói da seleção portuguesa. O jovem guardião, de 17 anos, assumiu as rédeas ao estilo de Diogo Costa e defendeu três grandes penalidades contra a Itália, garantindo, assim, um bilhete dourado para a final do Euro de sub-17 frente à França.
Corpo do artigo
A seleção portuguesa garantiu, pelo segundo ano consecutivo, a presença na final do Europeu de sub-17. Para tal, as quinas tiveram de bater a Itália, carrasco do ano anterior (na altura, Portugal perdeu por 3-0). O duelo foi intenso, emotivo e destinado ao surgimento de grandes estrelas.
Depois do 2-2 perdurar no tempo regulamentar, a decisão acabou por ficar para a marcar dos 11 metros, na qual o guarda-redes Romário Cunha, de 17 anos, apertou bem as luvas, ditou as regras e imperou debaixo do travessão para euforia de milhões de portugueses.
A estrela da formação orientada pelo selecionador Bino Maçães, começou a dar os primeiros passos no mundo do futebol na equipa da terra: Grupo Desportivo de Ribeira de Pena. De lá saltou para o Vila Real e foi sempre em crescendo até passar pelo Palmeira e estabilizar no Braga, onde já ocupa o estatuto de titular do escalão de sub-19.
A par desta ascensão, também surgiram as primeiras chamadas para as seleções de camadas jovens. São já 18 jogos entre os sub-15, sub-16 e sub-17.
Titular indiscutível, tendo cumprido os quatro jogos, Romário Cunha apenas sofreu três golos, (dois contra a Itália e um frente à Alemanha) e fez uma defesa apertada e vistosa para segurar o nulo frente à França, na fase grupos, valendo um destaque da UEFA.
Um trajeto notável e que já valeu elogios de Bino Maçães pelo mais recente feito: "Parabéns ao Romário Cunha, porque esteve muito bem a defender. Acho que estamos na final de forma merecida, por tudo o que fizemos e pelo nosso trajeto".
Já o jovem guardião de Ribeira da Pena, após o jogo, explicou aos jornalistas como prepara estes momentos e deixou o repto para o dia das grandes decisões.
"Foi o instinto. Estudámos os adversários e também fui na fé. É uma sensação incrível poder ajudar a equipa. Muitas vezes há claramente uma pressão extra [nos penáltis], mas lidámos bem com isso. Agora, estamos prontos para a final e vamos com tudo", rematou.