Em declarações após a vitória frente à Suécia (0-2), onde apontou os únicos golos do encontro, Cristiano Ronaldo falou sobre a ausência de público nas bancadas e comentou as provocações da imprensa sueca publicadas antes do embate desta terça-feira.
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"É o que há. É triste, mas não há que lamentar. Eu quando jogo fora gosto de ser assobiado porque isso dá-me pica [risos], mas a saúde está em primeiro lugar. E se OMS considera que ainda não há condições, temos de respeitar. Mas é triste. É como ir a um circo e não ver palhaços, ou ir a um jardim e não ver flores. É igual. Nós sentimos isto, mas já estou habituado, faço a minha meditação para ouvir só os meus companheiros, mas espero ver o público nas bancadas porque as pessoas são a alegria do nosso espetáculo dentro de campo", disse.
O avançado da seleção portuguesa aproveitou ainda para comentar as palavras de alguma imprensa sueca, que afirmaram que a seleção portuguesa jogava melhor quando Ronaldo estava ausente.
"Não acompanhei [a polémica], mas é uma opinião. Eu sabia que deixei marca neste estádio na última vez que joguei aqui e que iria deixar outra vez se jogasse. Foi o que aconteceu. E não ligo às provocações. Não tenho de provar nada a ninguém, o meu rendimento fala por mim", afirmou.
Ronaldo bisou na vitória na segunda jornada do Grupo 3 da Liga A da competição cuja edição inaugural Portugal venceu, após recuperar de um problema num dedo do pé direito que o afastou da vitória ante a Croácia (4-1).
"O problema que tive no dedo era recuperável. Gosto de estar na seleção e neste grupo, e sabia que a equipa, no primeiro jogo, ia fazer uma boa prestação, independentemente de estar ou não. O plantel é demasiado bom e ninguém é imprescindível. Sinto-me bem, fiz dois golos importantes e bati essa marca que queria, dos 100 golos", considerou.
Cristiano Ronaldo, que se tornou apenas o segundo jogador da história a atingir 100 golos por uma seleção, está mais perto do recorde absoluto, os 109 de Ali Daei, atualmente com 51 anos e que teve como ponto alto da carreira a passagem pelo Bayern Munique, em 1998/99.