Ronaldo procura virar a página e abrir o ketchup

Tem sido (mais um) arranque atribulado de temporada para Cristiano Ronaldo. O capitão da seleção nacional foi, durante todo o verão, apontado à porta de saída do Manchester United, mas acabou por permanecer em Old Trafford, onde não tem tido um arranque de sucesso. CR7 foi apenas titular em três jogos e soma pouco mais de 300 minutos, anotando apenas um golo, algo que, não sendo inédito, não é habitual para o goleador.

Na temporada passada, face à mudança de última hora da Juventus para o Manchester United, Ronaldo chegou à primeira paragem da seleção com apenas 31 minutos nas pernas, ainda ao serviço dos italianos, mas respondeu à altura frente à Irlanda, marcando dois golos. Esta tem sido, de resto, a constante do capitão na primeira paragem internacional da temporada, mesmo quando as coisas ao nível dos clubes não lhe correm de feição.

Em 2020/21, ano em que a temporada começou mais tarde fruto da pandemia de covid, Cristiano apresentou-se na seleção ainda antes do arranque da liga italiana e anotou igualmente dois golos, frente à Suécia. Em 2019/20 foi convocado por Fernando Santos depois de ter marcado um golo nos primeiros dois jogos pela Juventus, mas ao serviço de Portugal voltou ao registo habitual: um golo frente à Sérvia e um sensacional póquer diante das Ilhas Faroé.

É preciso recuar a 2015 para ver Cristiano ficar em branco na primeira paragem internacional da época, quando Portugal defrontou a França e a Albânia. CR7 tem em mãos a oportunidade de abrir o ketchup, a expressão que o próprio utilizou em 2010, num contexto que historicamente lhe é favorável e com objetivos bem definidos: solidificar o estatuto de recordista de golos numa seleção nacional e, ao mesmo tempo, colocar Portugal em mais uma fase de decisão de uma competição.

Certamente que Erik Ten Hag, treinador dos "red devils", estará atento ao que Cristiano Ronaldo fará e, quem sabe, o regresso da seleção nacional seja o momento de viragem.