Ruben Amorim confirma ausência de Inácio por não querer "arriscar uma paragem maior"
Ruben Amorim fez a antevisão da receção ao Manchester City, esta terça-feira, às 20 horas, para a Champions. O técnico leonino confirmou que Inácio está de fora e referiu que será preciso ajustar no momento de pressionar face à qualidade do adversário. Tudo isto vivendo o presente e sem pensar muito no futuro.
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Na abertura da antevisão, após questionado, Ruben Amorim esclareceu todo o boletim clínico dos verdes e brancos.
"O Quaresma está convocado, mas tem limite de tempo. O Inácio está de fora. Podíamos arriscar, mas vem aí a paragem das seleções. Não sabemos se pode jogar em Braga, mas não queríamos arriscar hoje uma paragem maior", começou por dizer.
Do outro lado, o Sporting terá um campeão inglês com alguns problemas de lesões, mas, ainda assim, com um leque vasto de opções.
"Qualquer jogador é de classe mundial. Já há algumas recuperações, foram para o banco e não sabemos se vão ser usados. Quando olhamos para o onze e o banco percebemos que é uma equipa muito difícil. Será complicado perceber onde vão jogar, em que lado, mas temos de acreditar no que fazemos e ir com coragem ao jogo", referiu o técnico leonino.
Já o processo de transação para o Manchester United voltou a vir à baila. Ruben Amorim, uma vez mais, deu o ponto de situação e falou da viagem a Londres.
"Fui conhecer o dono apenas. Já tinha a minha decisão tomada, não fui negociar nada. Fiquei porque falei com o presidente e ele convenceu-me a ficar mais um ano e assim decidi. Se as pessoas pensam que queria sair no ano passado, não posso fazer nada, nem desgastar mais com isso. Simplesmente, aceitei este convite, já expliquei as razões, e a prova de ter sido o único a mexer comigo foi o motivo de ter aceite. Agora é hora de focar no City", afirmou.
Na mesma linha, a gestão do contrato com Frederico Varandas também foi tema: "Na reunião que disse que ia sair, o presidente disse 'tens a renovação em cima da mesa, se mudares de ideias podemos falar'. Portanto, uma coisa não impede a outra. Ter a renovação não é impeditivo de querer sair no final da época", explicou.
Perspetivando o futuro, Ruben Amorim não faz questão de pensar na despedida em Alvalade até o jogo terminar, embora, entre o discurso, confesse que tem a certeza que será "um momento especial".
"Vou conseguir conter as emoções. Perfeito é ganhar. Se ganhar com assobios, compro já. O importante é ganhar. Quero ajudar os meus jogadores, ficávamos com os playoffs mais ou menos tranquilos e ajudava-me a ir embora com outra alegria. A vitória era a única coisa que pedia", referiu, acrescentando que vê a equipa com "maturidade" para continuar o resto da temporada.
Quanto à estratégia para o jogo com o citizens, essa terá de ser moldada, principalmente nos processos sem bola: "Não há um guarda-redes da liga portuguesa que consiga meter a bola a metade da pressão como o Ederson. Só esse jogador muda a nossa dinâmica quando ele tem a bola. Nós temos de nos adaptar, se quisermos lutar pelo resultado, e é isso que vamos fazer. Agora, quando tivermos a bola, aí, sim, temos de jogar da nossa maneira, porque não sabemos jogar de outra forma", analisou.
O técnico falou de Guardiola como uma inspiração, mas disse retirar um pouco de outros, desde De Zerbi até Jorge Jesus, deixando, na sequência, bem claro o objetivo para o duelo de terça-feira: "Em relação ao empate o que posso responder é que quando entramos em campo é para vencer, faz parte do nosso ADN", atirou.
Já as ilações que os adeptos ingleses poderão tirar deste jogo pouco importa para o técnico português: "Se for muito negativo, as expectativas vão baixar e não acho que seja um mau ponto de partida. Se ganharmos, vão pensar que chegou o novo Alex Fergurson, o que será muito difícil depois para manter. O que eu quero é ganhar, deixar os jogadores e os adeptos [Sporting] felizes e confiantes para o que vem daí na época e qualificar a equipa para o playoff”, esclareceu.
Por fim, quando questionado sobre José Mourinho, Ruben Amorim falou na dimensão do "Special One" para a visibilidade e até inspiração do treinador português.
"Abriu a porta a todos. Foi especial na sua equipa, obviamente que continua no ativo, mas quando apareceu sabíamos que as equipas dele iam ganhar, e Isso foi importante para nós portugueses ganharmos confiança”, rematou.