Ruben Amorim: "Custa sofrer a primeira derrota mas também nos ajuda a crescer"
O treinador do Sporting admitiu que os leões só conseguiram mostrar ritmo na segunda parte do duelo com a Atalanta e admitiu que o primeiro desaire da época é difícil de aceitar, muito embora já esteja de olhos postos no próximo jogo do campeonato português.
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“Fizemos as mesmas coisas na primeira e segunda partes, mas na segunda fizemos melhor. Na primeira estivemos nervosos e não conseguimos acompanhar o ritmo dos italianos. Acontece no futebol. Ao intervalo pedi aos jogadores que fizessem a mesma coisa taticamente, mas para acompanharem o ritmo da Atalanta, porque eu sei que eles conseguem isso, tanto no campeonato como na Europa", resumiu Ruben Amorim, repetindo que, taticamente, não se registou qualquer mudança entre os primeiros e os segundos 45 minutos.
O que mudou foi o elenco, com o treinador a lançar Coates, Edwards e Geny Catamo. "Os jogadores da segunda parte estiveram melhor, sobretudo o Geny entre linhas, mas não sei se isso funcionaria na primeira metade. O rendimento foi também melhor porque a Atalanta foi perdendo capacidade física. Olhando para o fim do jogo talvez devesse ter feito ao contrário", admitiu, antes de recusar a ideia que a primeira derrota de 2023/24 possa ter influência no futuro próximo.
"Agora, é seguir em frente, pensar no camepeonato e só depois na Liga Europa. Está tudo em aberto no nosso grupo, são equipas fortes as que estão em competição. Obviamente que custa sofrer a primeira derrota, mas faz parte do jogo e também ajuda a crescer", disse.
"Ninguém está mais chateado com esta derrota do que o treinador e os jogadores. Se dispenso assumir a responsabilidade nas vitórias, assumo-a por completo nas derrotas. Não sei se os adeptos assobiaram o onze ou não. Eu estou habituado a isto, o que não gosto é que os jogadores sofram em campo [com os assobios]. Depois de uma época muito má eu sei que vai haver tolerância zero. Estamos no primeiro lugar do campeonato", finalizou Ruben Amorim.
Gyokeres: "Deveríamos ter tido mais ritmo"
O avançado Viktor Gyokeres assinou o golo do Sporting, na transformação de uma grande penalidade, com o sueco a não ter problemas em assumir que o os leões estiveram uns furos abaixo da Atalanta.
"Sabíamos como a Atalanta ia jogar, mas não lidámos bem com isso. Causaram-nos muitos problemas e devíamos ter tido mais ritmo e mostrar mais capacidade física, sobretudo na primeira parte. Eles foram melhores”, resumiu o ponta de lança, recusando-se a revelar o que Ruben Amorim disse no final dos 45 minutos: "O que ele disse fica no balneário. Poderíamos ter chegado ao 2-2, mas não conseguimos aproveitar as oportunidades", acrescentou Gyokeres.
Quem também falou na zona de entrevistas rápidas foi o capitão Coates, lançado no arranque da segunda parte. "Não entrámos da melhor maneira na primeira parte, mostrámos demasiada pressa na frente de ataque. Isso também foi um pouco motivado pela forma de jogar da Atalanta. Na segunda parte tivemos mais paciência, mais calma e isso também aconteceu porque eles deixaram de pressionar", disse o defesa central.
"Temos de continuar com a mesma confiança que tínhamos antes deste jogo. O futebol é assim, bastam 45 minutos menos bons, mas isso não acaba com o bom trabalho que temos feito. A derrota não vai deixar marcas, porque estamos a trabalhar muito", garantiu o uruguaio.