Ruben Amorim: "Paulinho? Às vezes é difícil manter a calma"

Sporting recebe esta quarta-feira o Braga, em partida muito importante para ambos no que diz respeito às contas de acesso à Liga dos Campeões e também na luta pelo título. Paulinho é baixa, devido a castigo, e a expulsão do avançado na final da Taça da Liga foi motivo para Ruben Amorim enviar uma indireta à arbitragem. "Pode dizer-se que temos de ter mais sangue frio, mas a época não tem corrido bem e alguns atletas não são assim tão experientes. O Paulinho é experiente, mas às vezes é difícil manter a calma", disse o treinador dos leões, em Alcochete, acrescentando que a equipa tem de lutar "contra quem seja pelos resultados".

Na análise à receção aos braguistas, Ruben Amorim desvalorizou o duelo mais recente, na Taça da Liga, em que os leões golearam por 5-0. "Será um jogo diferente, porque foi um resultado anormal para a diferença das equipas. O Braga é uma equipa que está melhor que nós no campeonato. Não estamos nada satisfeitos com os resultados, mas estamos felizes com a evolução da equipa, estamos cada vez melhores", vincou. Ainda assim, apontou uma vantagem ao conjunto liderado por Artur Jorge. "Reforços do Braga? Não são os jogadores que fazem a sua equipa mais forte... São porque ganharam vantagem e porque não têm metade da pressão que os grandes têm", considerou.

Relativamente ao mercado, abordou a chegada de Diomande, que custou 7,5 milhões aos leões. "Tem muito talento e maioria das pessoas não sabe a quantidade de clubes que tinha atrás dele", revelou. Se cumprir vários objetivos desportivos, a aquisição do central marfinense pode ficar cinco milhões de euros mais cara. "Se um jogador, com 19 anos, faz 90 jogos pelo Sporting qual é o dinheiro que pode valer? Às vezes, as contas no Sporting são feitas para parecer muito dinheiro. Para nós, o jogador mais caro da história é um dia normal noutros clubes", disse Amorim, considerando o investimento justificado. "Quando foi o Paulinho até o dinheiro da gasolina para o ir buscar meteram nas contas. Depois vendemos o Porro e não metem o dinheiro do financiamento, nem os quinze por cento do Edwards", lamentou.

Abordou ainda a saída de Porro. "A nossa relação é muito próxima, vai fazer falta. Um dia são nossos filhos, nossos melhores amigos, e agora é filho do Conte. Se jogarmos contra ele, já sei das dificuldades dele", brincou.