Defesa central do Manchester City esteve no podcast "WibCast", onde falou do Benfica, psicologia e a fome de sucesso.
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Rúben Dias esteve presente no podcast "WibCast" para falar da carreira até ao momento e recordou vários episódios no Benfica, bem como os benefícios da psicologia no desporto.
O atual defesa do Manchester City explicou que quando subiu à equipa principal era "muito comunicativo" e isso causou alguns problemas nos primeiros tempos. "Falava muito e quando cheguei o Luisão estava em boa forma e houve ali um atritozito. O André Almeida até disse 'o miúdo fala muito'. Eles com o tempo perceberam que a minha comunicação era algo natural e não para me mostrar. O psicólogo disse-me para dar as minhas ordens, mas para ser mais progressivo", disse.
Rúben Dias esclareceu que a educação em casa foi um fator importante para o seu desenvolvimento pessoal. "Sempre me ensinaram a procurar os erros em mim antes de procurar nos outros. Da mesma maneira que cultivas uma cultura vitoriosa num clube, também o fazes numa pessoa. Acredito que as oportunidades chegam e o que faz a diferença é se estás preparado para as agarrar ou não".
No dia da estreia, frente ao Boavista, Rúben Dias revelou estar "ansioso e desejoso, mas tranquilo". "O Tiago Pinto chama-me: "Eu sei que não estás nervoso como pensam, preparaste-te para quando este momento chegasse e, por isso, desfruta'". O defesa referiu que dá cada vez mais importância à família e revelou que vê na psicologia uma forma de ter sucesso. "Desde muito jovem, nunca vi o facto de falar com um psicólogo como um problema que eu pudesse ter ou uma falha. Sempre vi como 'é através dele que vou destruir toda a gente, nem me vão ver chegar'", disse.
Quando ainda estava na equipa B, um treinador perguntou-lhe se tinha algum clube em mente, visto que não era certo que seria jogador da equipa principal. Mas Rúben Dias esclareceu que já em jovem era de ideias fixas. "Pensei: 'Não saio daqui enquanto não estiver ali em cima, nem que fique um, dois, ou cinco anos. Nem por um segundo penso noutra coisa'".
Esta fome competitiva manteve-se até ao momento em que se tornou um jogador com mais estatuto no plantel encarnado, antes da transferência para o Manchester City. "A partir do momento em que me afirmei na equipa principal do Benfica, o contexto é outro. Podes sair para contextos melhores em termos desportivos ou a nível salarial, mas para mim nunca fez sentido sair para algo que, mesmo que fosse benéfico a nível salarial, não acompanhasse a nível competitivo. Se saísse, era para o topo", disse.