Rui Borges, em sala de conferência, lembrou a família, o staff, o apoio dos adeptos e sacudiu para canto o futuro de Gyokeres, assim como o do próprio treinador. "Estes quatro meses pareceram quatro anos. Deixem-me ganhar, desfrutar e aproveitar as férias", atirou.
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"Vou ser honesto. Pensei no meu avô. Tenho-o tatuado no braço. Todos os meus avós faleceram e todos em cima orgulhosos do neto. O meu avô Zé Pedro é muito especial para mim. Pensei na minha família, pais, irmãs, mulher, filho. O caminho foi bonito. Nos últimos dias sofreram um bocadinho por tudo, mas mantiveram-se fiéis. Sabem o que é o Rui Borges. Pensei no meu avô e na minha família. O maior troféu é esse orgulho, mais que um troféu físico, dinheiro. É o orgulho e o reconhecimento. Deixo um abraço à minha cidade, vi muita gente não sportinguista a torcer pelo Sporting. Um beijinho para a minha cidade, tenho muito orgulho de ser de Mirandela, do interior. Sou apenas alguém que acreditou num sonho. É difícil parar quem nasceu para vencer na vida. Amanhã se deixasse de ser treinador de futebol era a pessoa mais feliz da vida", disse Rui Borges na sala de conferência.
O técnico natural de Mirandela, de 43 anos, a par da flash, voltou a lembrar dos antecessores: "O Ruben e o João foram importantes, cada um à sua maneira. São bicampeões. Cheguei depois do João, entrou numa fase difícil e foi injusto para o João. Terá um futuro brilhante. Admiro o Ruben com toda a humildade. Acredito que gostavam de estar aqui a festejar connosco", afirmou.
Já o futuro de Gyokeres e do próprio treinador foi sacudido para canto:"O Viktor tem contrato, não vou falar se vai ou não sair. É o melhor avançado da Europa, talvez do mundo. Fico a torcer para que ganhe a Bota de Ouro, trabalha muito, feliz nesse aspeto, o futuro logo se verá. Ainda temos um troféu para ganhar. Desfrutar hoje e focar na Taça. Estes quatro meses pareceram quatro anos. Deixem-me ganhar, desfrutar e aproveitar as férias".
Rui Borges deixou, ainda, uma palavra especial a vários membros do staff e aos adeptos: "fizeram-nos acreditar que eram incríveis. Se eram campeões era porque tinham valor. Era seguir e acreditar no desejo de todos. Futebol não é só jogar bonito ou sermos os melhores na comunicação. Falaram muito na comunicação e fizeram-me um favor ao pôr o foco em mim e não nos jogadores. Foi muito importante tirar o foco nos jogadores, foram tranquilos para a Luz. Hoje a ansiedade era diferente. Foi só eu e eles acreditaram neles", afirmou.