O treinador do Sporting, Rui Borges, admitiu que a primeira parte na Choupana ficou abaixo das expectativas, mas contou com a inspiração de Pedro Gonçalves para festejar a terceira vitória na Liga, antes do clássico com o F. C. Porto.
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"Foi um jogo com uma história simples: assumimos desde o início e o Nacional só teve três lances de perigo em 90 minutos. Ao intervalo até podíamos estar a perder 2-0, por causa da oportunidade em cima dos 45 e os jogadores sentiram o bafo que é jogar aqui: ao fim de um ou dois piques ficavam cansados. Faltou alguma proatividade. Pausamos demasiado a bola e abusámos do espaço interior quando devíamos ter apostado mais na profundidade", analisou o técnico leonino.
"Na segunda parte conseguimos corrigir isso, a equipa começou a ganhar confiança e a subir de rendimento", acrescentou, antes de elogiar os jogadores que saltaram do banco e, claro, Pedro Gonçalves, a figura da partida, que assinou um "hat-trick" e ainda fez uma assistência.
"Não foi só o Pedro, foi o Trincão a fazer grandes transições defensivas, foi o espírito da equipa. Quem entrou, entrou muito bem: o Vagiannidis, o Quenda, todos. O Harder também e teve a felicidade de fazer golo. Claro que estou muito feliz pelo Pedro e pelas filhotas dele, a quem dedicou os golos", referiu Rui Borges, que já olha para o clássico com o F. C. Porto da próxima jornada.
"Queremos ganhar sempre. Vamos jogar em casa e tenho de deixar uma palavra aos nossos adeptos, que foram fantásticos aqui na ilha", agradeceu.
Margarido: "Primeiro amarelo é exagerado"
Já Tiago Margarido, treinador do Nacional, não ficou com dúvidas ao ver o resultado final: "É uma derrota demasiada pesada para o que fizemos em 90 minutos. Entrámos bem, a marcar de bola parada e a equipa foi inteligente até à expulsão. Esse lance mudou o rumo do jogo: se já é difícil jogar contra o bicampeão com 11 imaginem com 10. Tentámos cobrir os espaços e resistimos até aos 76 minutos. Depois fomos atrás do empate e a equipa deu mais espaços ao adversário".
A expulsão, ainda na primeira parte, mereceu um reparo do técnico da equipa insular: "O primeiro amarelo é completamente exagerado, porque foi só uma reação à perda em zona alta, sem pisão, numa falta a 100 metros da baliza. É extremamente exagerado, o segundo é justo. Mesmo assim, a equipa mostrou solidez e solidariedade", defendeu.