Rui Borges está a ser apresentado, esta quinta-feira, no Auditório Artur Agostinho, no Estádio de Alvalade, como novo treinador do Sporting.
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O novo treinador dos leões assinou por época e meia, com mais uma de opção, e começa, esta quinta-feira à tarde, a trabalhar em Alcochete, preparando o dérbi com o Benfica (domingo, 20.30 horas). Na apresentação, o técnico, natural de Mirandela, mostrou-se determinado a triunfar em Alvalade.
"Quero agradecer a confianca do presidente do Sporting e a coragem por olhar para nós como equipa técnica capaz de liderar o Sporting. Estou muito feliz, orgulhoso e honrado por poder estar aqui. Não tenho muitas palavras para descrever o que tenho sentido nos últimos dias. Estou muito ansioso para trabalhar, é o que nos guia. Não tenho dúvidas de que o futuro será risonho", referiu o técnico.
"Este é o momento certo e o melhor presente de natal que poderia ter recebido. A nossa ambição é conseguirmos acrescentar valor e troféus ao Sporting, é o que todos queremos. Esse é o nosso foco. Olho para as coisas de forma positiva", sublinhou Rui Borges, que considerou ser ainda cedo para falar em ajustes na equipa.
"Olho para o plantel e é o melhor plantel. Este não é o momento adequado para falar do mercado de janeiro. Estou feliz com os que estão. Vamos ser competitivos com os jogadores que temos. Neste clube, pedem-se vitórias e títulos. Nem sempre as coisas vão correr bem, mas quando faltar inspiração, que não falte atitude", explicou.
Com o dérbi com o Benfica à porta, Rui Borges espera "fazer um bom jogo e ganhar". "A liderança (da Liga) e a classificação serão sempre consequência do que formos capazes de fazer no jogo", acrescentou.
O legado de Ruben Amorim foi aflorado com alguma frequência ao longo da apresentação do novo treinador do Sporting, com Rui Borges a preferir focar-se no futuro: "O Ruben passou, um treinador que admiro imenso. A partir de hoje, é a liderança do Rui Borges, diferente e não comparável. É tudo diferente. Eu sou eu próprio, não tento imitar ninguém. Foi o que nos trouxe até aqui. Sou o Rui Borges, com muito orgulho, e foco-me no que posso controlar para tirar o máximo rendimento dos meus jogadores. Três centrais? Se olharem para o Vitória, construíamos muitas vezes a três, com o médio ou lateral. O sistema é relativo, o importante é fazer os jogadores acreditarem na nossa ideia. Costumo dizer que enquanto treinador, damos 15% ao jogo, os outros 85% são os jogadores. É fazê-los acreditar nos meus 15%. Se o fizerem, vamos ganhar muitos jogos".
Rui Borges negou ainda ter-se reunido com o diretor desportivo do Sporting, Hugo Viana, em Famalicão, antes de se mudar para Alvalade. "Esse jantar jamais existiu. Tenho-me rido com isso. Ainda para mais um jantar em Famalicão, a 15 minutos de Guimarães. As pessoas nem têm noção do que dizem, mas faz parte e lido bem com isso. Até brinquei com o Hugo (Viana), quando estivemos juntos pela primeira vez, e disse-lhe que o bacalhau estava muito bom... Isso era uma falta de respeito para comigo e o Vitória. A primeira vez que soube do interesse (do Sporting) foi no dia do jogo do Vitória, através do meu representante".
Frederico Varandas, presidente dos leões, falou numa "página virada" na vida do clube. "Rui Borges é um treinador que já tínhamos no radar há mais de um ano, que subiu a pulso na carreira, sempre com a sua ideia de jogo e liderança. Reconhecemos em Rui Borges não só a sua competência técnica e tática, mas um homem que lidera pelo exemplo e simples discurso. Desejo-lhe sorte", disse o dirigente.
"O Sporting está em todas as frentes que pode estar. Voltou a ser o Sporting de há muitas décadas, que luta por todos os títulos. E vai continuar a lutar por eles", acrescentou Frederico Varandas.