Aproveitando a pausa no campeonato, o Núcleo Sportinguista de Mirandela (NSM) promoveu, esta tarde, uma “calorosa” receção ao treinador dos leões que nasceu naquela cidade transmontana há 43 anos.
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“Esta é a minha casa, será sempre a minha casa, é onde está a minha família, é onde eu gosto de estar, é onde me sinto bem, onde me sinto leve, onde a gente também respira um bocadinho da adrenalina diária do que é ser treinador de Sporting, por isso, não poderia estar mais feliz do que tudo que foi esta receção por parte dos mirandelenses”, afirmou, emocionado, Rui Borges que espera poder voltar a ter um ambiente de festa na sua cidade para comemorar o bicampeonato. “É um desejo e o maior desafio de todos nós é estar aqui, daqui por dois meses, dois meses e meio, e estar aqui também pelo reconhecimento de sermos bicampeões e não esquecendo também a Taça de Portugal”, disse.
O treinador sportinguista avisou desde logo os jornalistas que não estava ali para falar de jogadores que estão lesionados ou dos que estão ao serviço das seleções. “Estou aqui para falar de Mirandela apenas e só, e daquilo que é o Sporting, não estou para falar, estou de folga, não falo dos jogadores, cada um está na seleção, tem os seus treinadores para falar sobre isso”, referiu Rui Borges na terra onde tudo começou, há oito anos, quando pendurou as chuteiras e começou a carreira de treinador no Sport Clube Mirandela. “A ascensão foi muito rápida”, reconheceu, mas “foi fruto daquilo que tem sido o nosso trabalho enquanto equipa técnica e acima de tudo mostrar a competência e acreditamos muito naquilo que é o nosso dia-a-dia e que podemos chegar muito longe”, acrescentou.
Rui Borges foi recebido com foguetes e pelo grupo de bombos do rancho folclórico de São Tiago, fez um curto discurso de agradecimento pela iniciativa, recebeu lembranças do Núcleo Sportinguista de Mirandela e houve ainda tempo para uma sessão de autógrafos e muitas conversas com amigos de longa data, como foi o caso de José Couto, diretor do SC Mirandela, quando Rui Borges era jogador das camadas jovens. “Fico sempre muito emocionado com o Rui. Vi-o crescer para o futebol. O pai dele chegou a ser seu treinador e eu disse-lhe logo que o Rui ia longe e como treinador, garanto-vos que vai fazer coisas muito bonitas”, assegurou.
Já o responsável pelo NSM não continha a satisfação com esta receção. “Não consigo expressar por palavras aquilo que verdadeiramente sentimos, mas é um prazer, um orgulho recebermos o Rui Borges, um homem querido aqui na terra, treinador do nosso clube, nosso amigo, e ele merece pela pessoa humilde que é, e pelo sucesso que alcançou”, referiu Sandro Sampaio que já está a pensar em trazer mais uma figura “transmontana” de referência do Sporting. “Há sempre jogadores mais desejados, que causam mais impacto, mas o nosso objetivo é trazermos alguém também da região. Faremos os possíveis para a próxima receção ser ao Pote (Pedro Gonçalves)", revelou.