Rui Borges: "São mais 30 minutos que levamos de desgaste, mas isso não servirá de desculpa para quarta-feira"
Rui Borges, treinador do Sporting, fez a análise à vitória do Sporting no reduto do Paços de Ferreira, este sábado, por 3-2. O jogo só ficou decidido no prolongamento.
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"Sabíamos que ia ser difícil. São jogos de Taça. Vim de escalões inferiores e sei bem qual é a motivação daquele lado. Uma equipa que, na sua casa, independentemente da divisão onde está, é difícil de ser batida. Muito bem organizada, comprometida, numa fase inicial tiveram a sorte e nós a infelicidade de dar 1-0. Conseguimos reagir e empatar. Sabíamos que íamos encontrar um bloco baixo e a malta comprometida do Paços. Mas fomos sempre acreditando, criando situações de possível golo. Às vezes por desinspiração nossa ou por inspiração do guarda-redes adversário. Corremos muito mais atrás ao longo do tempo. São mais 30 minutos que levamos de desgaste, mas isso não servirá de desculpa para quarta-feira", começou por dizer Rui Borges em declarações à Sport TV, antes de considerar que não houve uma displicência no conto defensivo.
"Somos uma equipa com muita gente no processo ofensivo e é natural termos perdas de bola e, às vezes, não reagirmos sempre da melhor forma. Mas senti sempre a equipa a reagir como tinha de ser. Boa atitude competitiva, reação à perda, boa transição e eles acabaram por fazer um golo numa infelicidade nossa. Não posso criticar a equipa nesse sentido. São jogos de Taça, temos de ir melhorando. Dentro daquilo que criámos acho que foi mais do que merecido. Infelizmente tivemos de ir ao prolongamento, mas o futebol é isto e a Taça até às vezes por ser bonita nesse sentido. Dar os parabéns ao Paços porque se bateu muito bem", referiu.
No final, Rui Borges teve de apostar em jogadores que estiveram ao serviço da seleção e que inicialmente tinha poupado: "Notou-se que o Luis [Suárez] estava amarrado, e depois teve de levar com o prolongamento. Sabíamos que o desgaste na seleção foi enorme, o Geny igual. Tirando isso, a malta esteve muito bem, comprometida, dinâmica. O Ivan entrou muito bem, o Quenda quando passou para falso lateral-esquerdo teve um compromisso enorme. Não podia pedir mais à equipa. Bateu-se bem com um adversário que também se bateu bem e mereceu ir a prolongamento".
Já para a família, o dia fica marcado duplamente. De um lado a vitória do pai, do outro, o golo do filho, Mário Borges, que ajudou o Alpendorada, do Campeonato de Portugal, a derrotar o Estrela da Amadora, da Liga, por 3-1. Um momento que deixou o progenitor contente.
"Feliz por ele. Trabalha muito, sei que é focado e mereceu esse golo. Faz por isso também. Feliz por vê-lo crescer, por tudo o que é como filho e homem. E feliz por de alguma forma marcar a história do Alpendorada", rematou.