Rui Borges fez o lançamento do duelo frente ao Estrela da Amadora, marcado para sábado, às 18 horas. O técnico dos leões destacou a dificuldade histórica de competir no reduto dos tricolores, elogiou a determinação de Trincão, falou sobre o estado clínico de Pote e a gestão da sobrecarga de jogos de Inácio.
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Na antevisão do jogo frente ao Estrela da Amadora, a contar para a 27.ª jornada Liga, Rui Borges, técnico da formação leonina, deu conta que o receio de falhar no objetivo primordial nem sequer entra em equação.
"O Sporting vai lutar para ser campeão. Não há outro pensamento se não ser bicampeões. É esse apenas o pensamento, não penso no fracasso. O meu único foco é ser melhor, fazer o melhor pelo Sporting e o melhor é chegar ao fim e ganhar. Todos estamos focados no nosso objetivo que é ser campeão", começou por dizer o técnico dos leões, fazendo, ainda, um raio-x dos tricolores.
"No futebol já não há jogos fáceis e quem pensa assim não está a ver da forma correta. Vamos defrontar uma equipa que precisa de pontos, vai-se agarrar a isso, num campo difícil. Certamente que os nossos nos farão sentir em casa e a equipa vai sentir esse calor. O campo do Estrela da Amadora sempre foi difícil para as equipas grandes. É uma equipa muito competitiva, atlética, forte na transição e com lançamentos perigosos. Na outra parte, a defensiva, tem alguns golos sofridos nas bolas paradas. Acredito que irá tentar pressionar em alguns momentos e noutros jogar num bloco baixo", destacou.
"Tomará eu ter o Pote"
O técnico, natural de Mirandela, falou também das limitações para trabalhar com todos os jogadores, devido à paragem FIFA, e assumiu que a questão clínica de alguns jogadores não o deixa numa posição frágil.
"Para mim não é nada de novo. Desde que chegamos temos tido esses contratempos. Temos de ultrapassar e ser competitivos. Amanhã não foge à regra, não está o Morten, nem o Morita, mas temos os miúdos que já jogaram, o Zeno [Debast] ou até o Esgaio. Tenho a certeza que quem jogar dará uma boa resposta", referiu, falando, seguidamente, sobre Pedro Gonçalves.
"Tomará eu ter o Pote. Eu queria muito. O Pote, o Dani e quem está fora. Felizmente já está numa fase adiantada da recuperação, trabalha no campo, com bola, mas não trabalha ainda com a equipa. Resta-me esperar nesta reta final e esperar o ok da parte médica para estar disponível e ser mais uma solução. A lesão já foi de algum tempo, temos de passar por estes processos, e acredito que será por pouco tempo. Está numa fase adiantada, na reta final da recuperação. É passar os últimos parâmetros mais relacionados à parte médica", esclareceu.
Alguns dos leões aproveitaram o período de seleções para ganhar um balão de oxigénio, como foi o caso de Francisco Trincão, que, frente à Dinamarca, bisou na partida. Quando questionado, Rui Borges não demonstrou preocupações com um possível assédio sobre o extremo e até deixou rasgados elogios.
"O Trincão já era um jogador apetecível para o mercado. Na última conferência, antes da paragem, fiz questão de frisar o Trincão, porque acho que tem tido um trabalho espetacular. A qualidade é reconhecida por todos, mas surpreendeu-me muito o trabalho diário e o compromisso. Teve a felicidade, e bem, pela qualidade, de concretizar melhor as condições para finalizar. No Sporting tem tido e, às vezes, por isto ou por aquilo não tem sido feliz a conseguir esses golos. De forma geral, tem sido importante para nós, merece muito esses dois golos e fico feliz por ele. Vejo-o da mesma forma e motivado", afirmou, observando, analisando, Alisson, do Leiria, que está a ser apontado como novo reforço dos verdes e brancos.
"Era um jogador que estava sobre alçada desde janeiro, não conseguimos, ficou dentro do que era a nossa visão estrutural. Se vier para o Sporting será mais um para ajudar no futuro", rematou.
Por fim, Rui Borges evitou olhar muito à frente, não especulando o eterno débi, e discutiu a condição de Gonçalo Inácio: "Nesta reta final temos de perceber o que é melhor para a equipa e não expor a equipa a problemas para sermos o mais competitivos possível. Todos querem ajudar, se tivermos de fazer um esforço extra, vamos fazê-lo", finalizou.