O treinador do Moreirense assumiu existir um "sentimento de revolta" no balneário do "lanterna-vermelha" da Liga, na véspera do encontro com o Gil Vicente.
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"Já chega de tantas coisas menos boas. Está na altura de sermos recompensados. A nossa equipa não é a melhor, mas também não é a pior do campeonato. Temos qualidade suficiente para nos mantermos com mérito. Não achamos esta situação justa, mas temos de fazer esse 'transfer' para o campo", apontou Sá Pinto, técnico do Moreirense, em conferência de imprensa.
Distantes das vitórias há sete partidas, os "cónegos" perderam pela quarta ronda seguida frente ao vizinho V. Guimarães (0-1) e caíram para o 18.º e último lugar da tabela, numa jornada em que os concorrentes diretos Belenenses SAD, Tondela e Arouca triunfaram.
"Acreditamos numa ou noutra situação estratégica que treinámos esta semana. Podemos surpreender e vencer. Continuamos a trabalhar no processo da nossa equipa, que está mais sólida de jogo para jogo e melhor na qualidade, na gestão e na posse. Falta-nos alguma felicidade, que espero que surja no próximo jogo, para pontuarmos", analisou.
O Moreirense assumiu o estatuto de "lanterna-vermelha" da Liga pela primeira vez esta época, mas Ricardo Sá Pinto mostrou-se "confiante" para o duelo em Barcelos, onde os vimaranenses venceram nas últimas três épocas e esperam um opositor "sem pressão".
"O Gil Vicente está a fazer uma grande Liga. Tem a [vaga na] Liga Conferência praticamente assegurada e com grande mérito. Não mudou quase nada da primeira para a segunda volta, foi em crescendo e é uma equipa difícil de desequilibrar e de parar, apresentando bons jogadores em todos os setores e uma boa ideia. Temos uma estratégia montada para aplicar neste jogo e espero que o possamos fazer da melhor maneira", observou.
Ricardo Sá Pinto enfrentou a contestação dos adeptos após o "clássico" do concelho de Guimarães, notando que a bancada "está habituada a um ambiente de Liga e não se vê noutra situação", mas prometeu estar longe de qualquer rendição a seis jornadas do fim.
"O público é apaixonado e vive para o clube. Está com a esperança de que se alcancem bons resultados a todo o momento e quer ver-nos positivos. Foi o que disse aos adeptos. Logicamente, gostava de estar mais perto deles a ganhar e isso aconteceu pouco. Não imaginam a vontade que tenho de ganhar, mas isto não tem sido fácil de gerir", concluiu.