A Assembleia Geral aprovou, esta quinta-feira, na Luz, o Relatório e Contas do exercício 2022/23 com um lucro de 4,2 milhões de euros. Última reunião de Domingos Soares Oliveira no clube. Saída é formalizada esta sexta-feira e a sociedade não terá outro Co-CEO.
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Além das contas, que voltaram ao campo positivo, após dois exercícíos no vermelho, aprovadas por 100% dos votos dos accionistas, a AG aprovou ainda a aplicação de resultados e um voto de confiança no Conselho de Administração e no Conselho Fiscal, além do Revisor Oficial de Contas.
Foi ainda definida a política de remuneração de administração, fiscalização e da mesa da assembleia geral, assim como a "alteração ao acordo relativo à alienação das ações" do totalidade do capital social de duas sociedades associadas - Benfica Estádio e a Benfica TV. lê-se no comunicado divulgado pelo clube.
Por outro lado, o encontro marcou a despedida de Domingos Soares de Oliveira aos atos formais da sociedade, já que a saída deve ser formalizada esta sexta-feira. O gestor ainda vai assistir ao clássico com o F. C. Porto, na Luz, mas coloca assim um ponto final na ligação de quase 20 anos. O futuro deve passar pelo futebol saudita.
Ao que apurámos, os responsáveis dos encarnados definiram que não existirá a entrada de qualquer co-CEO, figura até agora desempenhada pelo gestor.
Rui Costa será o único CEO da sociedade, enquanto as funções das finanças e gestão devem ser assumidas pelo vice-presidente, Luís Mendes, que também já integra a comissão executiva da sociedade.
Segundo a imprensa saudita, Domingos Soares de Oliveira deve prosseguir a sua carreira naquele país, à partida no Al Ittihad, onde desempenhará funções semelhantes às que exerceu na Luz.
O futebol daquele país vive uma expansão inédita com a aquisição de inúmeros jogadores de primeira linha, mas também de altos quadros, onde se insere a contratação do gestor.
Soares de Oliveira abandona a cúpula do poder benfiquista, que partilhou durante muitos anos na liderança de Luís Filipe Vieira e, posteriormente, de Rui Costa.
O processo da saída tem vindo a ser negociado, mas a decisão política foi tomada há já algum tempo e principalmente após o dirigente ter sido visado pela acusação por parte do Ministério Público (MP) no processo “Saco Azul”.