A Sociedade Anónima Desportiva do F. C. Porto apresentou, esta sexta-feira, o relatório e contas relativo a 2022/23, tendo fechado a temporada com um prejuízo de 47,6 milhões de euros.
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A SAD justificou os resultados negativos com o facto de não ter gerado mais valias na transferência de atletas a tempo do fecho das contas. Um bom exemplo foi a saída de Otávio para o Al Nassr, por 60 milhões de euros, valor que não entrou neste exercício.
Nos resultados operacionais, excluindo resultados com passes de jogadores com saldo praticamente nulo, verificou-se uma ligeira melhoria face ao exercício homólogo. Apesar do aumento dos custos, registou-se também um incremento dos proveitos operacionais de forma generalizada, mas com maior incidência nas receitas obtidas pela participação nas provas europeias.
O EBITDA (Cash-Flow Operacional) é positivo em 23,108 milhões de euros, o que reflete os meios libertos pela atividade operacional da Sociedade.
Este saldo negativo surge depois de dois exercícios com as contas no verde. Em 2021/22, o F. C. Porto teve um lucro de 20,7 milhões de euros, enquanto na temporada imediatamente anterior o saldo positivo se tinha cifrado em 19,3 milhões de euros. No primeiro semestre de 2022/23, a SAD azul e branca teve um lucro de 9,8 milhões de euros.
A temporada de 2019/20 ficou marcada por dois cenários que acabaram por resultar no maior prejuízo de sempre (116,8M€): além de a equipa principal não ter conseguido entrar na fase de grupos da Liga dos Campeões, a segunda metade da época foi condicionada pela pandemia de covid-19 que, além de ter parado os campeonatos, ditou que, na retoma, os jogos se disputassem à porta fechada, algo que teve um enorme impacto nas receitas com a bilhética.